Gabriel Ruy celebra diversidade cultural e ancestralidade em novo álbum
Lançado neste mês da Consciência Negra, o disco instrumental homenageia a cultura afro-brasileira, paisagens capixabas e traz participações especiais
O multi-instrumentista e compositor Gabriel Ruy apresenta seu novo álbum, Batuque Santo, disponível nas plataformas digitais. Com oito faixas instrumentais, o trabalho mergulha na riqueza da música negra e na conexão com o espírito afro-brasileiro, além de explorar influências de outras culturas, como a norte-americana.
Neste mês da Consciência Negra, o disco reflete uma abordagem contemporânea e inclusiva, priorizando melodias envolventes em vez de longos solos, como explica Gabriel. “Quisemos adaptar ao gosto da geração mais jovem, criando um jazz elegante e acessível.”
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A percussão e o tambor têm um papel central no disco, conferindo organicidade e força às composições. A faixa "Monte Aghá", por exemplo, reúne arranjo de sopros de Bruno Santos e um solo de tambor marcante do percussionista Tiago Nunes, reconhecido por sua pesquisa sobre ancestralidade rítmica.
Outra música emblemática, “Boca da Baleia na Toca do Tatu”, é a única a incluir vocais, interpretados por Marcus Paulo Colibri, que também assina a letra.
“O Brasil tem uma diversidade absurda, e o tambor reflete isso. Seja o Bumba-meu-boi no Maranhão ou o Congo no Espírito Santo, cada região imprime sua identidade”, comenta Gabriel.
Homenagens ao Espírito Santo
Além de trazer paisagens sonoras, o álbum homenageia lugares icônicos do Espírito Santo, como “Monte Aghá” (Piúma), “Álvaro O Mestre” (Mestre Álvaro, Serra), “Boca Da Baleia” (Anchieta), “Maria Neném”, referência a uma praia em Piúma.
A relação com o estado também é uma herança do pai de Gabriel, Mário Ruy, músico e embaixador cultural capixaba. Sua composição “Maria Neném” foi regravada no álbum, mantendo o vínculo com a natureza e a história do Espírito Santo.