Retomada de obra do Cais das Artes só depende da Justiça, diz Noronha
Segundo secretário de Estado da Cultura, governo do Espírito Santo espera homologação do Justiça sobre um acordo para empresa retomar as obras que começaram em 2010
A obra do Cais das Artes, que se arrasta de 2010 e já custou mais de R$ 129 milhões aos cofres do governo do Espírito Santo, está a um passo de ser retomada. Para isso, a Justiça ainda precisa homologar um acordo entre empresa e Executivo capixaba, já firmado pelas partes extraoficialmente.
À Coluna Pedro Permuy, o secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha, confidencia que todo o trâmite está judicializado, o que exige uma determinação oficial para ser retomado - ou não. “O acordo está só esperando uma homologação, que o Judiciário tem que dar. O caso todo tem uns 5, 6 processos no total. A empresa em questão topou o acordo, o governo também, desde 2020. Só que isso precisa ser firmado no Tribunal”, fala.
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O titular da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) também conclui: “A gente está tentando. Não é por falta de vontade, por falta de reunião… Porque não tem como. O prédio, o brutalismo do Paulo Mendes da Rocha está lá. E se estivesse aberto? Então, assim, esse que é o ponto”.
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O CAIS DAS ARTES
As obras do complexo que seria o maior aparelho cultural do Espírito Santo estão paradas desde 2015, quando foram embargadas por essa ação que ainda corre na Justiça. O processo foi movido pelo último consórcio que atuou na edificação farônica, que é, inclusive, a empresa que deve retomar as reformas quando tudo for resolvido.
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Desconsiderando novas avaliações que possam revelar que o espaço já construído possa precisar de reformas de recuperação ou manutenção, o complexo só precisava ter finalizada a construção do teatro, museu e praça.
Ao todo, o teatro teria 600 metros quadrados com 1,3 mil lugares e um vão livre de mais de 25 metros de altura até o teto. O museu ocuparia um espaço de 2,3 mil metros quadrados com auditório para 225 pessoas, cinco salas de exposição, biblioteca, cantina, recepção e cafeteria. A praça também foi projetada para abrigar cafeterias, livrarias e espaços para espetáculos e exposições ao ar livre.