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Professora da Ufes fica entre as finalistas do Prêmio Jabuti

A PhD em Linguística e professora da Ufes, Junia Zaidan, concorreu à premiação literária. Para a capixaba, a literatura é um emblema de coragem

Foto: Acervo pessoal

O mundo da leitura é conhecido por abrir portas para o conhecimento, além de ser fonte de exploração de outros mundos. Mas, para a PhD em Linguística e professora do Departamento de Línguas e Letras, do Centro de Ciências Humanas e Naturais (Ufes), Junia Zaidan, a literatura é um emblema de coragem e determimação. 

A escritora cachoeirense foi uma das finalistas do Prêmio Jabuti, com o livro de contos “Guia Anônima”, o primeiro trabalho de criação literária. A obra literária, dividida em 17 contos, narra a trajetória de personagens anônimas, muitas vezes no retrato de mulheres, com suas questões e desafios do cotidiano. 

Foto: Divulgação/Acervo Pessoal

Referência entre os prêmios literários do país, o Prêmio Jabuti é patrimônio cultural e há anos amplia os feitos da indústria editorial e o alcance da cultura literária nacional. Para a autora, foi presente o sentimento de surpresa, alegra e orgulho ao ser indicada a premiação. 

“O sentimento foi de muita surpresa quando fui indicada e de muita alegria. Ao mesmo tempo, senti muito orgulho por estar junto de escritores tão celebrados no cenário como João Gilberto Noll e Marilene Felinto”, ressalta. 

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O livro de estreia da autora é também o seu grande motivo de “orgulho”. A obra literária, além da indicação ao Prêmio Jabuti, também trouxe o primeiro lugar no Prêmio Secult (Secretaria de Estado e Cultura) de Literatura e o segundo no Prêmio Rubem Braga. 

Veia literária desde a infância 

Nascida no município de Cachoeiro de Itapemirim, Junia descreve que, o processo de escrita acontece como parte do trabalho da área acadêmica. Entretanto, a escrita literária, que desabrochou mais tarde, já estava em suas veias com poemas e ensaios. 

“Sou do mundo acadêmico, publiquei livros na área, entretanto, a literária veio mais tarde, por volta dos 45 anos, quando tentei dar um contorno mais próprio em minha vida”, ressalta. 

Com a situação, a PhD começou a escrever contos relacionados a percepções como: o passar do tempo, sobre as fases da vida e conflitos enfrentados no cotidiano. “Me identifiquei com os contos e percebi que eles precisavam do pertencimento de um projeto com o livro”. 

Ap´´os a criação e lançamento do livro, Junia viu a obra abrir os caminhos do mundo da literatura até encontrar a indicação ao Prêmio Jabuti. “A editora escolhe do catálogo as obras que julga mais promissoras. Com isso resolveu escrever meu livro”. 

“Afirmação do gesto de coragem”

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Junia Zaidan narra que o “Guia Anônimo”, também pode ser colocado como uma necessidade de afirmar a coragem. “Aquele momento do gesto de coragem ao dizer ‘vou publicar’”. 

Além disso, além daquilo que a gente lê ao longo da vida, antes de tudo sempre a leutura,. mostrar a minha escrita, admiradora e frequentadora das obras, sempre havia um cuidado, O guia anonima representa a necesidade de afiurmar a coragem, mas estou aqui fazendo o gesto de coragem ao dizer “vou publicar”. 

O ato de “acreditar” na obra foi fonte do seu editor Saulo Ribeiro, que inscreveu o livro no prêmio. A partir da inscrição, a autora chegou até o posto de semifinalista, sendo a única capixaba a atingir o posto. 

E falando em capixabas, a escritora não deixa de citar o grande apreço e influência dos grandes escritores. “O estado me influenciou com a presença dos grandes escritores: Bernardete Lyra, Reinaldo Santos Neves e o Rubem Braga, o homem da crônica e da simplicidade”.

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Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão Produtora Web
Produtora Web
Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória