Uma lenda viva do samba capixaba que ainda reina no carnaval do Espírito Santo. É assim que pode ser descrito o mais tradicional rei momo dos capixabas, Luiz Vieira, de 66 anos, conta o segredo para manter a paixão pelo samba e pelo carnaval: “Saio de um velório com um sorriso”, diz.
Luiz foi mais vezes rei momo do carnaval capixaba da história: sete vezes. O também comerciante foi um dos fundadores de um dos blocos mais tradicionais, o Unidos de Jucutuquara, em 1971. Já o sucesso como rei momo foi depois do incentivo de amigos.
“Até os 30 anos de idade eu era magrinho, mas quando comecei a engordar, meus amigos falavam ‘vou te inscrever para ser rei momo’. Eu nem levava a sério, mas, como sempre fui apaixonado pelo samba, deixei. Da primeira vez que fui candidato, já fui campeão. Isso em 1995. Também fui rei momo nos anos de 1999, 2001, 2002, 2004, 2005 e 2006”, conta Luiz.
Luiz destaca que, com o passar dos anos, os critérios para escolha de rei momo mudaram, mas que o principal ainda é mantido: muito samba no pé.
“Antigamente não se tinha muitos cuidados com a saúde. Não se precisava fazer exames de sangue nem de aptidão física, hoje existe toda essa exigência. Isso é importante porque precisamos saber como anda a saúde, principalmente de um rei momo. Mas o samba no pé, isso continua essencial”, diz.
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Pela primeira vez, os leitores do jornal online Folha Vitória irão escolher quais serão as majestades do samba, com rei momo, princesa e rainha do carnaval capixaba. Para quem anseia buscar o título de rei momo do Espírito Santo, Luiz deixa dicas para o folião.
“Tem que ter muito samba no pé. Muita simpatia. Tem que ter o samba nas veias. Ser um bom rei momo é saber chegar a qualquer escola de samba e se sentir em casa. É ser bem recebido por qualquer apaixonado pelo carnaval. Tem que ter o espírito carnavalesco aflorado!”, completa.