A capixaba Luz del Fuego também já fez Rita Cadillac desfilar seminua no Carnaval de Vitória
Que sucesso!
Em um verdadeiro revival do que seria um teatro de revista (como se chamavam as apresentações mais populares e performáticas nos teatros do Brasil nas décadas de 1900 e antigamente) hoje, Suely Franco usa o texto final de A Vedete do Brasil, em cartaz no Teatro Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, para homenagear uma das mais famosas vedetes do País, que é natural do Espírito Santo: Luz del Fuego.
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No Carnaval de Vitória 2020, a mesma atriz capixaba fez Rita Cadillac desfilar seminua pela Chega Mais, no Sambão. Na ocasião, até uma cobra feita com couro original de píton serviu de acessório para o desfile da Lady do Povo, que reviveu, na pele (literalmente!), a trajetória da artista do Estado (Luz gostava muito de números com animais exóticos e selvagens e ficou até conhecida para além da transgressividade por essa outra característica).
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Incorporando a icônica Virgínia Lane nos palcos do teatro do hotel cinco estrelas mais famoso do Brasil – e com produção da capixaba WB Produções, de Wesley Telles e Bruna Dornellas, importante registrar -, Suely homenageia Luz e outras vedetes que se consagraram nos Anos Dourados brasileiros como artistas completas.
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Com datas que vão até o dia 28 de janeiro de 2024, a narrativa remonta ao ápice da carreira de Virgínia usando das letras de duplo sentido de suas mais tradicionais marchinhas de carnaval (de “Sassaricando” para lá) e memórias que perseguiram e alimentaram a imagem da vedete como a conversamos hoje (como a decisão firme de seguir na carreira artística e endurecer o trato como mulher no ramo do showbiz até a história de que foi amante do presidente Getúlio Vargas durante 15 anos).
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Isso tudo situando o espectador com todo o preconceito e comentários duvidosos que se tinham na época. “Levei a fama sem deitar na cama”, chega a ironizar a personagem de Suely em determinado momento da peça, que a Coluna Pedro Permuy, que não é boba nem nada, prestigiou no último domingo (3).
Virgínia ganhou o apelido de “A Vedete do Brasil” do próprio Getúlio, quando a apoteose artística nacional estava nos teatros de revista e, no ápice da fama, chegou a ter um programa infantil na TV Tupi carioca. Depois, também rodou o País com uma companhia própria de teatro e ficou décadas à frente dos espetáculos mais vistos pelos brasileiros.
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No salão principal e saguão do Teatro Copacabana Palace, a produção exibiu alguns itens que pertenceram à Virgínia. Destaque para uma saia toda bordada em pérolas, que vão da cintura até o pé, e acessórios originais preservados até hoje, como faixas e cabeças carnavalescas.
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A VEDETE DO BRASIL
Os ingressos para A Vedete do Brasil estão à venda pelo site da Sympla e custam a partir de R$ 25 (balcão, meia-entrada).