Caso corre na Justiça desde 2017 e a socialite já foi condenada a pagar indenização; entenda o que aconteceu
A socialite capixaba Day McCarthy foi condenada a oito anos e nove meses de prisão em regine fechado pelo caso de racismo contra Títi, filha mais velha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. Essa é a maior pena deferida pela Justiça brasileira contra uma pessoa que cometeu injúria racial, segundo informações do Metrópoles.
Day, no entanto, ainda pode argumentar sobre a decisão, já que cabe recurso no processo.
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A ação segue na Primeira Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro.
Caso a pena não mude, Day, que mora fora do Brasil, pode ser extraditada ao emitirem o mandado de prisão.
Pelas redes sociais, Gagliasso e Ewbank comemoraram a decisão do processo que foi movido, inicialmente, em 2017, quando Títi tinha apenas 4 anos de idade.
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“Títi, como vocês conhecem, nem sabia que poderia ser vítima assim como ocorre com toda criança preta. O crime veio de uma mulher eugenista, que encontrou na internet o ambiente perfeito para proferir violências hediondas – aqui, às vezes o mundo parece retroceder com ataques às minorias crescendo de modo desmensurado. Demos voz aos idiotas?”, escreveu o ator.
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“Mesmo com todos os nossos privilégios, o caminho foi longo: apenas em maio de 2021 conseguimos oferecer uma denúncia. E somente na última quarta-feira, dia 21 de agosto de 2024, sete anos depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro proferiu uma decisão inédita condenando a autora dos crimes por injúria racial e racismo. A pena? 8 anos e 9 meses de prisão em regime fechado”, lembrou.
E continuou: “Essa á primeira vez que, em reposta ao racismo, o Brasil condena uma pessoa a prisão em regime fechado. Sim, estamos em 2024 e essa ainda é a primeira vez. Apesar de tardio, é histórico. O direito criminal diz que pouco pode ser feito pela reversão da pena, no máximo sua redução”.
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“E assim esperamos e seguiremos confiantes na justiça, pois há anos estamos lutando por entendermos que esta vitória não é nossa, mas da nossa filha, coletiva e de toda uma comunidade. Seguimos confiantes na atuação consistente do judiciário para assegurar que crimes de racismo sejam devidamente reconhecidos e punidos”, completou o ator.
“Enaltecemos também a Procuradoria da República do Rio de Janeiro pela atuação firme e combativa. E somos gratos à advogada, Juliana Souza, e sua equipe que nunca nos deixou esmorecer”, agradeceu. “Como pais, estamos emocionados e agradecemos: a comoção pública foi fundamental para este avanço. Não temos mais nada a declarar, mas seguiremos vigilantes porque o racismo está longe de acabar”, terminou.
O QUE ACONTECEU?
Dayane Alcantara Couto de Andrade, a famosa Day McCarthy, foi denunciada por Bruno e Giovanna em 2017. Na época, ela publicou vídeos em que falava sobre Títi.
Nas gravações, a capixaba aparecia revoltada alegando que as mesmas pessoas que a criticam pela aparência são as que vão ao Instagram do casal famoso elogiar a filha, que é negra.
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Bruno e Giovanna acionaram a Justiça que, no dia 6 de fevereiro de 2024, condenou Day a pagar uma indenização que, de acordo com a defesa do casal, deve superar R$ 500 mil, uma vez que passará por correção monetária. A pena conclui o processo após sete anos de tramitações.
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