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Abalada por morte de Bianchi, F1 fará minuto de silêncio antes do GP da Hungria

Antes de confirmar o anúncio dessa homenagem, a FIA já havia decidido, na última segunda-feira, aposentar o número 17 na Fórmula 1, que Bianchi utilizou durante a temporada 2014

during day two of Formula One Winter Testing at the Bahrain International Circuit on February 28, 2014 in Bahrain, Bahrain.
during day two of Formula One Winter Testing at the Bahrain International Circuit on February 28, 2014 in Bahrain, Bahrain.
Na última terça-feira, em Nice, cidade natal de Bianchi, foi realizado o funeral do piloto Foto: R7

Budapeste – Mais do que a batalha pelo título mundial, o fim de semana do GP da Hungria deverá ficar marcado por lembranças e homenagens ao francês Jules Bianchi, que morreu na última sexta-feira, em consequência das graves lesões sofridas em seu acidente no GP do Japão, em outubro do ano passado.

Diante desse cenário, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta quarta-feira que será realizado um minuto de silêncio às 8h45 (horário de Brasília) do próximo domingo, momentos antes da largada para o GP da Hungria.

Antes de confirmar o anúncio dessa homenagem, a FIA já havia decidido, na última segunda-feira, aposentar o número 17 na Fórmula 1, que Bianchi utilizou durante a temporada 2014, pela Marussia, quando sofreu o grave acidente que acabou provocando a sua morte.

Na última terça-feira, em Nice, cidade natal de Bianchi, foi realizado o funeral do piloto, com a presença de várias figuras da Fórmula 1, como os pilotos Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Sebastian Vettel, Felipe Massa e Romain Grosjean, o ex-piloto Alain Prost e Jean Todt, o atual presidente da FIA.

“Foi incrivelmente difícil para todos nos despedirmos de Jules”, disse Hamilton. “Gostaria de tê-lo conhecido melhor. Mas pelo que pude conhecê-lo, era uma pessoa com grande coração, com um grande espírito e um futuro brilhante”.

Para Hamilton, o acidente de Bianchi mostra que os riscos da Fórmula 1 seguem presentes, mesmo que a FIA já tenha agido para melhorar a segurança dos pilotos. “Agora o esporte segue por um caminho difícil”, disse. “Tivemos grandes avanços na segurança, e sei que a FIA seguirá dando passos para melhorar a segurança”.

Em 5 de outubro de 2014, na 43ª volta do GP do Japão, Bianchi perdeu o controle da sua Marussia na curva 7 do circuito de Suzuka e bateu no guindaste que retirava o carro do alemão Adrian Sutil, que havia se acidentado pouco antes.

O francês, então, foi levado a um hospital e precisou ser submetido a uma longa cirurgia, com a revelação posterior de que ele sofrera uma lesão axonal difusa. Ainda em coma, estado que não conseguiu deixar, Bianchi foi transferido no final de dezembro a um hospital em Nice, onde acabou falecendo na última sexta-feira.

Bianchi, de 25 anos, competiu em 34 corridas durante as temporadas 2013 e 2014 da Fórmula 1, tendo marcado os primeiros pontos da história da equipe Marussia ao ficar em nono lugar no GP de Mônaco do ano passado.

O francês foi o primeiro piloto a morrer em decorrência de ferimentos sofridos em uma corrida de Fórmula 1 desde que o brasileiro Ayrton Senna, dono de três títulos mundiais, faleceu em 1994, após se acidentar no GP de San Marino.