Diante da eliminação do Palmeiras para o Boca Juniors na semifinal da Libertadores, no final da noite de quinta-feira, Abel Ferreira chegou à sala de imprensa irritadiço como era de se esperar.
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O técnico insistiu na mesma escalação do jogo de ida. No segundo tempo, o Palmeiras mudou sua cara com as entradas de Endrick e Kevin. O treinador, no entanto, se disse convicto de suas ideias e rebateu qualquer arrependimento sobre o uso dos garotos da base. E não aceitou os questionamentos feitos pelos repórteres.
“A imprensa brasileira é conhecida por isso no mundo. Hoje o responsável máximo pela derrota de hoje sou eu. É isso que quer que eu diga? Quem conhece esses jogadores? Quem acompanha os treinos todos os dias? Quem faz de tudo pelo Palmeiras? Eu durmo na cama que eu faço e ganho e perco com as minhas convicções. Tudo que faço é potencializar os recursos que temos. Tivemos muitas mais oportunidades lá e cá para fechar o jogo. O futebol é cruel. Mas é um orgulho muito grande ser treinador dessa equipe. Somos vítimas do próprio sucesso”, afirmou Abel.
Para o português, o goleiro argentino Romero foi o grande responsável pela queda do Verdão.
“Fizemos tudo o que era possível para sairmos vitoriosos. Quem fez a diferença foi o goleiro do adversário, a quem o Boca deve a ida à final. O primeiro tempo foi truncado como é uma semifinal de Libertadores. O nosso adversário estava muito fechado. Na segunda parte, fomos melhores, mas o resultado não quis que fizéssemos mais do que um gol. O Boca veio com uma clara intenção e conseguiu. Cinco minutos de acréscimo é patético. Nada o que eu disser aqui vai mudar o resultado”, disse Abel.
Cabe ao Palmeiras agora a disputa do Brasileirão. A oito pontos do líder Botafogo, restam 13 rodadas em disputa. Para Abel, “esse ano dificilmente o Palmeiras vai fazer igual ao ano passado”, em que se sagrou campeão.