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Após ação na arena do Palmeiras, PM fechará ruas no entorno do estádio do Morumbi

De acordo com a Polícia Militar, apenas torcedores com ingresso poderão circular perto da arena já a partir do primeiro jogo do São Paulo em casa, no dia 12 de fevereiro

Após ação na arena do Palmeiras, PM fechará ruas no entorno do estádio do Morumbi
No Morumbi, o acesso será controlado por meio de barreiras nas avenidas Padre Lebret e Jules Rimet Foto: Divulgação

São Paulo – A exemplo do estádio Allianz Parque, o Morumbi também terá controle de acesso em seu entorno no ano que vem. De acordo com a Polícia Militar, apenas torcedores com ingresso poderão circular perto da arena já a partir do primeiro jogo do São Paulo em casa, no dia 12 de fevereiro, diante da Ponte Preta, pelo Campeonato Paulista.

No Morumbi, o acesso será controlado por meio de barreiras nas avenidas Padre Lebret e Jules Rimet. Na Giovanni Gronchi e na praça Roberto Gomes Pedrosa, os policiais vão intensificar as ações contra os vendedores ambulantes em parceria com a subprefeitura da região.

A medida segue o padrão adotado na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016. “O controle de acesso no Morumbi já está definido e será adotado a partir do primeiro jogo do Campeonato Paulista”, afirmou o major Ricardo Xavier, coordenador operacional do 2.º Batalhão de Choque da PM, responsável pelo policiamento das partidas.

Depois do estádio do São Paulo, o próximo a ter controle de acesso nos dias de jogos será o Pacaembu. Neste caso, no entanto, as ruas interditadas ainda não foram definidas em função da complexidade da região. No Itaquerão, o controle não será realizado, apenas a fiscalização sobre os ambulantes.

A ampliação do controle foi planejada em função da experiência no estádio do Palmeiras em 2016. De acordo com a PM e o Ministério Público de São Paulo, a ação cumpriu os objetivos de diminuir o comércio ilegal, facilitar o acesso à arena e diminuir a violência antes dos jogos. Os números da PM apontam que as ocorrências caíram de 15 para duas nos dias de jogos e shows no Allianz Parque.

O Palmeiras apoiou a medida. “As pessoas precisam se organizar porque essa é a tendência nos próximos jogos e deu muito certo em relação a coibir toda a parte ruim”, afirmou o então presidente do clube, Paulo Nobre.

PROTESTOS – A medida, no entanto, está longe de ser uma unanimidade. Os torcedores do Palmeiras organizaram um abaixo assinado eletrônico que já ultrapassou 10,5 mil assinaturas contra o controle de acesso. Na visão da torcida, o alto preço dos ingressos impede que a maioria dos torcedores entre no estádio.

“Por conta do elevado preço dos ingressos no Allianz Parque – ticket médio mais caro do país – a única possibilidade para milhares de torcedores acompanharem seu time de perto é se reunir nas imediações do estádio, enquanto ouvem em rádios ou assistem pelas TVs dos bares, algo que acontece há décadas sem maiores transtornos”, disse o documento.

No jogo contra a Chapecoense, que definiu o título do Palmeiras, houve problemas. Um deles foi a demora na conferência dos ingressos e dos documentos com fotos. Com o jogo já iniciado, a PM iniciou uma operação para dispersar a multidão que continuava nas ruas. Algumas se rebelaram e chegaram a arremessar garrafas.