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Após polêmica, Corinthians anuncia pedido de demissão de Luis Paulo Rosenberg de diretoria

O diretor não resistiu à pressão interna para a saída e também à repercussão negativa de suas declarações comparando os "naming rights" da Arena Corinthians a uma mulher com aids

Foto: Foto: Agência Corinthians

Luis Paulo Rosenberg não é mais o diretor de marketing do Corinthians. De acordo com o clube, o dirigente pediu demissão na manhã desta segunda-feira (25) e o clube aceitou a solicitação. Ainda não há um substituto para o cargo e, neste momento, o próprio presidente Andrés Sanchez vai acumular de forma interina as funções de marketing.

Polêmica

Na última semana, Rosenberg fez uma comparação polêmica para tentar explicar as dificuldades para vender os naming rights da Arena, em Itaquera. Ele usou a figura de mulher com aids. “O apelo da marca Corinthians é tão grande que temos quatro grandes grupos interessados em vir. É mais ou menos… Eles se sentem na situação de estar vendo a esposa perfeita, com dotes culinários, formada com MBA no exterior, uma mãe de filhos maravilhosos, mas parece que tem um teste de aids (sic) positivo. Como é que eu encaixo a camisinha é o grande desafio”, afirmou em entrevista à ESPN Brasil.

O dirigente afirmou que o interesse pelo tema é um exemplo da importância do Corinthians. “Que outro clube vê seus torcedores acompanhando o contrato de patrocínio da manga, da camisa? É Corinthians. A importância do Corinthians é descomunal. Eu não posso ir a restaurante. Sempre me perguntam sobre isso”, afirmou o dirigente, que citou a recessão econômica como um dos principais fatores para o clube ainda não ter vendido o nome da Arena, inaugurada em 2014.

Paralelamente à questão dos naming rights, Rosenberg vem enfrentando críticas internas no clube pelo lançamento da campanha de marketing que associa a paixão pelo clube a uma religião, o corinthianismo. Nesta quinta-feira, conselheiros enviaram uma carta ao presidente Andrés Sanchez protestando contra o diretor. Eles afirmam que o clube é ecumênico. “A campanha foi criada para criar polêmica”, justificou o dirigente.

Paralelamente à questão dos “naming rights”, Luis Paulo Rosenberg vinha enfrentando críticas internas no clube pelo lançamento da campanha de marketing que associa a paixão pelo clube a uma religião, o corinthianismo. Conselheiros também haviam enviado uma carta para Andrés Sanchez protestando contra o diretor. Eles afirmavam que o clube é ecumênico. “A campanha foi criada para criar polêmica”, justificou o dirigente.