A eliminação do Egito nas oitavas de final da Copa Africana de Nações custou o emprego do técnico Javir Aguirre. O mexicano não resistiu à derrota para a África do Sul, por 1 a 0, no sábado, no Estádio Internacional do Cairo. Jogando em casa, o maior campeão da Copa Africana de Nações, com sete títulos, era um dos candidatos ao título.
A busca pelo troféu diante da torcida, contudo, acabou cedo, segundo as expectativas da torcida e da federação egípcia de futebol. O time foi liderado na competição pelo atacante Mohamed Salah, um dos melhores do mundo na atualidade, campeão da Liga dos Campeões pelo Liverpool na última temporada europeia.
Presidente da entidade egípcio, Hany Abo Rida anunciou a demissão de Aguirre e de toda a comissão técnica por uma questão de “obrigação moral, embora a federação tenha dado à seleção nacional todo o suporte material e moral”. Ele também deixou o cargo de presidente e pediu para os demais integrantes da diretoria seguirem a mesma decisão. Mas garantiu que vai seguir na posição de presidente do Comitê Organizador da Copa Africana.
Aguirre havia assumido o comando da seleção egípcia no ano passado, com a experiência de ter comandados equipes como Atlético de Madrid e seleções como a do México, na Copa do Mundo de 2010, e do Japão.
O treinador mexicano, contudo, encerra sua passagem pela equipe egípcia com uma marca diferenciada no currículo. Ele se tornou o único técnico a comandar seleções em quatro diferentes competições continentais.
Antes de participar do torneio africano, comandou o Japão na Copa da Ásia há quatro anos, e liderou o México na Copa Ouro e também na Copa América, como seleção convidada. Em 2009, levantou o troféu da competição organizada pela Concacaf, treinando a seleção do seu país.