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Após tragédia, companhia LaMia tem suas atividades suspensas por órgão boliviano

Empresa foi a contratada pela Chapecoense para transportar a equipe de Santa Cruz de la Sierra a Medellín, na Colômbia, mas seu avião caiu nas cercanias da cidade

Após tragédia, companhia LaMia tem suas atividades suspensas por órgão boliviano
Atividades da LaMia foram suspensas pelo órgão responsável pea aviação na Bolívia Foto: Divulgação

La Paz – O órgão responsável pela aviação na Bolívia divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira em que suspende imediatamente os serviços prestados pela companhia aérea LaMia. A empresa boliviana foi a contratada pela Chapecoense para transportar a equipe de Santa Cruz de la Sierra a Medellín, na Colômbia, mas seu avião caiu nas cercanias da cidade. O acidente acabou provocando a morte de 71 passageiros.

O voo fretado na Bolívia deveria realizar um reabastecimento antes de seguir rumo a Medellín. O plano de voo entregue por Álex Quispe – um dos sete tripulantes que estavam no avião – recebeu ao menos cinco observações feitas por Celia Castedo Monasterio, funcionária da Aasana, responsável pela revisão de todos os planos de voo do Aeroporto Internacional de Viru Viru. A encarregada indicou que a autonomia do voo não era adequada, que faltava um plano de voo alternativo e que o informativo foi mal preenchido, exigindo algumas mudanças.

Para ter autorização de voo na Bolívia, é necessário ter combustível suficiente para cumprir a viagem até o destino final, para chegar até um aeroporto auxiliar mais próximo do destino e ainda ter condições de sobrevoar 45 minutos sobre esse segundo aeroporto.

SEGUNDA VEZ – No dia 22 de agosto, a mesma aeronave da LaMia fez a viagem de Santa Cruz de la Sierra para Medellín. Porém, desta vez parou para reabastecer, como deveria ter sido feito no transporte da equipe da Chapecoense. Na ocasião, a pausa foi feita na cidade de Cobija, na Bolívia, e o avião chegou com segurança na Colômbia, como previsto no protocolo. Houve ainda três vezes em que o avião pousou em Medellín. Em duas delas, o voo partiu de Assunção, no Paraguai, e parou em Cobija para reabastecer.

MUDANÇAS – O ministro de Obras Públicas da Bolívia, Milton Claros, instruiu a mudança de executivos da Direção-Geral de Aviação Civil (DGAC) após o acidente com o avião da LaMia. O ministro ainda informou que uma investigação completa sobre o fato será feita. Sobre as informações referidas nas observações antes de partir do aeroporto de Viru Viru, a autoridade disse que ainda não é possível estabelecer responsabilidades e que inquéritos irão determinar isso.