O desempenho do Corinthians em 2020, até a pausa das competições em função da pandemia do coronavírus, é decepcionante, o que foi reconhecido por Danilo Avelar. O defensor apontou que a mudança de estilo implementada pelo técnico Tiago Nunes até pode ser uma justificativa, mas também apontou que a situação não é “digna” para a história do clube e apontou ser preciso mais dedicação dos jogadores em campo para reverter o momento ruim.
“Sabemos que há um período mínimo para ter entrosamento. Mas isso vai também de todo mundo querer que as coisas aconteçam. Não dá para se apegar apenas ao tempo. Tem de querer, se interessar, se dedicar mais. Se o resultado não está vindo, é porque falta algo a mais. E esse algo a mais somos nós que temos que nos doar um pouco a mais. A situação dos primeiros meses não é digna de Corinthians. Temos a plena consciência disso, porque somos os primeiros a serem cobrados. Algo tem que ser feito. É claro que há um processo de adaptação, mas não tem como esperar o ano acabar para falar que estamos prontos. Se o resultado é negativo, a conta vem alta. Temos de nos empenhar ao máximo”, analisou Danilo Avelar em entrevista ao SporTV.
Quando os torneios foram paralisados, o time era o terceiro colocado do Grupo D do Campeonato Paulista, com cinco pontos de desvantagem para a zona de classificação às quartas de final a duas rodadas do fim. Além disso, o Corinthians tinha sido eliminado nas etapas preliminares da Copa Libertadores. Tudo isso sem Danilo Avelar, que ainda não atuou em 2020 por causa de uma pubalgia.
Com a pandemia, os clubes concederam mais dez dias de folga aos elencos, que só voltarão a treinar em maio. As federações buscam viabilizar a retomada das competições, ainda que sem a presença de público nos estádios, uma medida criticada por Danilo Avelar.
“Por ser algo inédito para mim, e acho que para todo mundo, não consigo ter um posicionamento concreto sobre o retorno. Não sei o quanto vale nos expor e arriscar a nossa saúde. Saúde vem em primeiro lugar. Vi algo de voltar com portões fechados. Sobre isso, acho que voltar com portões fechados não é nada agradável. Não tem aquele estímulo que a torcida do Corinthians sabe dar tão bem e acho até que pode influenciar no resultado. Se for para escolher entre portão fechado ou esperar, eu prefiro esperar”, avaliou o jogador corintiano.