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Bicampeã mundial de bodyboarding, Luna Hardman é recebida com festa em Vitória

A "Princesa das Ondas" desembarcou no aeroporto de Vitória na manhã desta terça-feira (28) e foi recebida com festa por amigos e familiares

Foto: Vitor Bermudes / Mosaico Imagem / ArcelorMittal
Luna Hardman carregada por amigos ao desembarcar no aeroporto de Vitória com o troféu

Filha da maior bodyboarder de todos os tempos, Luna Hardman tem apenas 18 anos, mas já começa a escrever também a sua própria história. E que história! Destaque da nova geração da modalidade, a “Princesa das Ondas” desembarcou no aeroporto em Vitória na manhã desta terça-feira (28) carregando o troféu de bicampeã mundial da categoria júnior e foi recebida com festa por familiares e amigos.

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A bagagem, no entanto, veio ainda mais pesada. Afinal, além do título mundial júnior, Luna retornou pra casa mais do que viva na disputa pelo título mundial profissional, o que renderia um feito inédito na história da modalidade de acumular os títulos das duas categorias numa mesma temporada.

“Tô muito feliz com esse segundo título mundial. Era a minha maior meta para 2024. Agora me despeço dessa categoria e sigo com foco total na profissional”, afirmou Luna, que foi campeã mundial júnior pela primeira vez em 2022.

VEJA IMAGENS DO DESEMBARQUE DA BICAMPEÃ MUNDIAL LUNA HARDMAN:

O título foi decidido em Antofagasta, no Chile, em uma bateria de desempate com a portuguesa Luana Dourado, já que as duas estavam empatadas na liderança do ranking da categoria. E deu a capixaba. “Foi difícil, tava todo mundo muito ansioso, mas deu certo”, contou Luna.

Agora literalmente uma profissional, a “Princesa das Ondas” vai competir com atletas mais experientes, casos de Maíra Viana, 35 anos e campeã brasileira em 2018, e Maylla Venturin, 48 anos e três vezes vice-campeã mundial e campeã brasileira em 2017.

“É isso, agora o foco mudou e cada vez é mais difícil. Então, é treinar mais e chegar mais preparada nas próximas etapas”, cravou a revelação.

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MÃE-CORUJA, NEYMARA VIAJA NO TEMPO

Luna começou a competir aos 12 anos de idade. Sua mãe é a pentacampeã mundial Neymara Carvalho, que nesta terça-feira desembarcou junto da filha e viu passar um filme na cabeça. Afinal em 2004, foi a “Pequena Notável” que ganhou festa no aeroporto, com direito a desfile em carro do Corpo de Bombeiros, para comemorar o segundo dos seus cinco títulos mundiais (venceu em 2003, 2004, 2007, 2008 e 2009).

Foto: Vitor Bermudes / Mosaico Imagem / ArcelorMittal
Luna Hardman, com o troféu de campeã mundial júnior pela segunda vez, e sua mãe, Neymara

“Eu fico vendo e parece que é a repetição da minha carreira através da Luna, em vários momentos, seja numa bateria, seja dela se preparando em casa. É muito legal. Ela tem que trilhar o caminho dela e ela tá fazendo da melhor maneira possível, me enchendo de orgulho. Primeiro, por ela ter escolhido o bodyboarding. Luna passou por vários esportes. E, segundo, porque ela tá se dedicando como uma profissional mesmo”, conta Neymara, emocionada, antes de completar:

“É muito difícil educar um filho hoje em dia, com tantas distrações, e ela tá no esporte. Minha mensagem também vai para os pais, que incentivem os filhos a viverem o esporte. Foi muito difícil pra mim ser mãe, ser atleta, ser filha, ser esposa e ainda incentivar. Mas tá valendo a pena cada momento. A gente tem um futuro brilhante pela frente com a Luna”.

Neymara e Luna encararam uma situação diferente na etapa de Antofagasta, no Chile, quando foram adversárias na bateria de quartas de final da categoria profissional. E Luna venceu. 

“O único momento mais difícil da minha vida hoje é esse”, conta Neymara, aos risos: “Eu amo o que eu faço. Sou muito grata a ter um patrocínio que me dá essa estabilidade, mas dentro da água, com sua filha, foi uma coisa que eu não sonhei e foi muito legal. Foi a derrota mais alegre da minha vida. Eu não posso facilitar. Se ela quer ser campeã, ela tem que passar por todas. Inclusive, pela mãe”.