Futebol é coisa de menina, sim! E quem reforça isso são as 137 meninas de 6 a 17 anos que jogam na Escolinha Zico 10, núcleo Darwin Vitória, que é pioneira em turmas 100% feminina no País e que leva o nome de um dos maiores ídolos do futebol mundial e do Flamengo, o eterno Galinho de Quintino, o Arthur Antunes Coimbra: o Zico.
A escolinha, além de promover a prática esportiva, quebrar barreiras e preconceitos ao lotar turminhas de meninas através de uma modalidade que até pouco tempo era predominantemente de homens, desperta nas meninas os sonhos de um dia jogarem futebol. Ou, para outras, a socialização e novas amizades. “O objetivo principal do projeto é fazer com que o futebol feminino seja cada vez mais visto e dar oportunidade às meninas nessa escolha e reforçar que elas podem praticar todas as modalidades, como o futebol. E, o mais importante, os pais entenderem que, sim, é possível jogar futebol, porque a escolinha foi elaborada para não ser somente o aprender o futebol, mas também para outras funções, como auxiliar na alimentação, no estudo, no convívio social. Então, estamos falando de socialização, de saúde”, disse Eliton Perini, responsável pela escolinha, que promete expandir as turmas de futebol feminino no ES.
De acordo com Eliton, o núcleo Darwin existe há quatro anos e começou de uma forma inusitada. Ele conta que juntou suas duas filhas, duas filhas de dois amigos e criou a turma feminina. “Foi contra tudo e contra todos e, juntos, combatemos o preconceito. E, a partir disso, a ideia foi se expandindo e, hoje outras cidades e escolas querem oferecer seus espaços em prol do futebol feminino.”
Eliton disse que, através da FAP Eventos Esportivos, atletas do masculino já se destacaram e, hoje, integram as categorias de base de grandes clubes do Brasil, como é o caso de Brayan Leal, de 12 anos, que já foi entrevistado pelo Agora ES. Hoje, ele é atleta do Flamengo. “Partindo para o lado profissional do futebol feminino, acho que naturalmente vai acontecer. Nós vamos conseguir com o nosso trabalho, como fizemos até agora com o futebol masculino. O que falta para o futebol feminino crescer em nosso Estado é, exatamente, o que eu estou fazendo: criando núcleos de futebol feminino, dando toda a infraestrutura para elas treinarem, com locais apropriados, com profissionais capacitados, separando as meninas dos meninos para elas poderem, realmente, ter o seu futebol desenvolvido de acordo com a sua capacidade”, disse Eliton.
“Além disso, seguimos com um trabalho sério, dando oportunidade para os pais confiarem no nosso trabalho e também dando a oportunidade para suas filhas fazerem aquilo que gostam. Elas não querem fazer outro tipo de modalidade: elas querem o futebol e quebrar essa barreira de que futebol é para menino. Ao contrário, futebol é para menina, sim! É só ela querer, é só ela ter vontade.”
As alunas da escolinha batem um bolão dentro do campo e, também, na hora expor suas ideias e pensamentos, como é o caso de Luiza, 11 anos: “Eu jogo futebol aqui há quatro anos. Adoro esse lugar porque estou com minhas amigas e ainda jogo futebol.”
Alice, 14 anos, também está na escolinha desde o começo e fala dos seus sonhos: “É uma turma bacana e gosto muito daqui. Mas é o Zico 10 também, né… Ele é um dos meus maiores incentivadores e gosto também da Milene Domingues, Marta e Raquel. Eu jogo na zaga e o meu maior sonho no futebol é poder ir para fora do País e estudar com uma bolsa jogando futebol. Essa coisa de que futebol é coisa de menino não existe aqui, que é total inclusão”, contou.
Manuela, de 9 anos, também coloca o preconceito para escanteio. “Comecei a jogar no ano passado. E gostei logo no começo e, hoje, jogo futebol no recreio com os meninos e nunca achei que o futebol é só esporte de menino. Ele é de menina também!”
COMO PARTICIPAR? (27) 99518-1110
Bom dia, tenho uma filha que 14 anos , e que joga futebol feminino. Quanto paga para jogar, como fazer inscrições