O ministro do Esporte, André Fufuca, anunciou nesta quinta-feira (27/6) o reajuste do programa Bolsa Atleta. Depois de 14 anos, o benefício será reajustado em 10,86% para os esportistas que recebem o auxílio, em todas as categorias, a partir do mês de agosto. A declaração foi feita durante o programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
“A Bolsa Atleta tem 20 anos e há 14 não tem reajuste. É por isso que o presidente Lula autorizou e conseguiu recurso para fazer o reajuste da Bolsa Atleta, que vai acontecer em agosto e vai atender todos os beneficiários do programa. São mais de 8,7 mil atletas”, destacou o ministro.
O programa foi criado em 2004, na primeira gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e regulamentado no ano seguinte. A Bolsa Atleta é o maior programa de patrocínio individual do mundo e, este ano, completa 20 anos de incentivos aos atletas brasileiros. O benefício é pago diretamente aos esportistas, o que garante que eles se dediquem, com exclusividade e tranquilidade, ao treinamento.
“Imagine só você, que recebia o salário mínimo há 14 anos, ter o mesmo (salário) hoje. A inflação corrói e engole o salário”, completa Fufuca. Desde a sua implantação, a Bolsa Atleta já contemplou 34.678 atletas, com 96.165 bolsas, somando recursos de cerca de R$ 1,6 bilhão até o ano passado. Em 2024, o investimento é de R$ 148,9 milhões.
O que pensam os esportistas sobre o programa Bolsa Atleta
“Falar de Bolsa Atleta até enche os olhos de lágrimas, porque a gente sabe, quem recebe lá de trás, a gente sabe que é difícil. Eu estou na Bolsa Atleta desde 2007, com resultado referente a 2006, foi um Pan-Americano, então eu tive o Bolsa Atleta Internacional. E moleque, né? Menino. Me ajudou demais, demais. Depois foi melhorando conforme a gente foi tendo o resultado. Então agregou muito, né? Sobre o reajuste, não tem nem o que dizer, só agradecer. O esporte agradece”, disse Francisco Barretto, medalhista mundial na ginástica artística.
“O resultado simbólico é mostrar que o esporte é importante para a sociedade. O esporte e estimular a prática esportiva é uma prioridade do governo. Então, a gente fica feliz com isso, porque a gente que pratica esporte sabe da importância da atividade na nossa vida, não só competitivamente, mas também emocionalmente, fisicamente. Fiquei bem feliz com essa novidade”, disse Carla Maia, do tênis de mesa paralímpico, que recebe o Bolsa desde 2005.
Resultados e Olimpíadas
O ministro destacou ainda os resultados concretos que o programa apresenta para o esporte brasileiro. Em termos de impacto, a Bolsa Atleta tem sido crucial para a formação de atletas no Brasil. Muitos dos esportistas que conquistaram medalhas em competições nacionais e internacionais são beneficiários do programa.
“Nas últimas Olimpíadas no Japão, dos 21 pódios, 19 eram de beneficiados da Bolsa Atleta. Nos últimos Jogos Pan-Americanos e do Paradesporto, de todas as medalhas que o Brasil conseguiu, 92% eram de beneficiários do programa. Ou seja, é um programa exitoso, que traz resultados concretos à sociedade”, acentua o ministro. “Estamos trabalhando cada vez mais para ampliar. Este ano, atingimos o recorde de 8,7 mil atletas beneficiados, incluímos atletas gestantes, puérperas, surdos, inclusive técnicos do paradesporto. Acreditamos que é o caminho certo.”
Para os esportistas brasileiros que vão para os Jogos Olímpicos de Paris, Fufuca acredita que os resultados serão favoráveis. “Temos uma expectativa muito positiva em relação às Olimpíadas. Hoje temos 237 atletas que atingiram as marcas necessárias para fazer parte dos jogos e temos um diálogo franco com o Comitê Olímpico Brasileiro.”
Os Jogos Olímpicos de Paris iniciam no dia 26 de julho e vão até o dia 11 de agosto. O Brasil conta com 259 vagas, e 238 atletas garantidos em sua delegação, sendo 138 mulheres, 93 homens e outras modalidades ainda a definir os representantes, como atletismo e hipismo.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte