Esportes

Brasil busca evitar vaia e encontrar melhor formação

Em mais uma competição em território nacional, o maior perigo são as vaias dos torcedores, caso a equipe demore para se encontrar

Foto: Lucas Figueiredo/ CBF

Além da vaga para a próxima fase da Copa América, que será assegurada com uma vitória, a seleção brasileira enfrenta a Venezuela, nesta terça-feira (18), às 21h30, na Arena Fonte Nova, em Salvador (BA), em busca de sua melhor formação neste momento.

Mas, em mais uma competição em território nacional, o maior perigo são as vaias dos torcedores, caso a equipe demore para se encontrar.

Isso já ocorreu no intervalo do jogo contra a Bolívia, na estreia do Brasil na Copa América, quando a partira estava 0 a 0, resultado que deixou inconformado o público presente no Morumbi.

Isso já ocorreu no intervalo do jogo contra a Bolívia, na estreia do Brasil na Copa América, quando a partira estava 0 a 0, resultado que deixou inconformado o público presente no Morumbi.

Nem o fato de Daniel Alves ter elogiado o povo baiano, após a partida, é suficiente para garantir que não haverá vaias.

Em 1989, a seleção jogou duas partidas na Fonte Nova, também pela Copa América, e foi muito vaiada pelos poucos torcedores presentes naquela ocasião.

O descontentamento ocorreu em função da não convocação do atacante Charles, do Bahia.

Montagem do time
Outro problema é que o treinador se depara com o desafio de montar a equipe em meio à competição, já que, conforme ele mesmo diz, uma equipe de futebol é algo “vivo” que pode mudar a cada jogo. Sua maior preocupação é não perder o padrão e seu conceito de equilíbrio a cada mudança.

A primeira alteração será a entrada de Arthur, como segundo volante, no lugar de Fernandinho. A ideia de Tite é dar mais movimentação ao meio-campo, com o toque de bola dinâmico e as subidas ao ataque do ex-gremista, que atualmente defende o Barcelona.

No ataque, Richarlison será mantido. Mesmo assim, Tite não descarta a possibilidade de, no meio do jogo, voltar a utilizar o ataque com Willian (no lugar de Richarlison), Gabriel Jesus (no de Firmino) e Everton (no de David Neres, que também começará a partida), como ocorreu no segundo tempo contra a Bolívia.

Isto porque essa formação ofensiva deu muito mais opções para a criação de jogadas e, contra a seleção boliviana, na vitória por 3 a 0, foi determinante para a equipe deslanchar na etapa final.

Outro fator que tem feito Tite quebrar a cabeça para escalar o time são as seguidas contusões dos jogadores, algo que vem assolando a seleção desde a última Copa do Mundo.

No Mundial, Tite teve de escalar Neymar, que havia acabado de se recuperar de uma fratura no pé direito e não atuou em sua melhor condição física. Além dele, Renato Augusto, Fred e Douglas Costa tiveram problemas físicos. Danilo foi cortado por causa de contusão.

Desta vez, além de Neymar, cortado po causa de ruptura dos ligamentos do tornozelo direito, após entrada forte sofrida durante amistoso com o Qatar, Thiago Silva, Fagner, Éder Militão, Ederson e o próprio Arthur, recuperado, tiveram problemas.

Segundo o capitão do time, o lateral Daniel Alves, a ideia é, mesmo diante das dificuldades, ir fazendo o torcedor voltar a se aproximar da seleção brasileira. Para tanto, ele disse na última coletiva, que o time está concentrado em buscar o seu objetivo: o título.

“Vou insistir para que as pessoas entendam que estamos aqui representando nosso país. Não estamos para brincadeira, perdendo tempo ou porque ficamos mais bonitos vestindo a camisa da seleção brasileira. Estamos aqui para uma missão, o momento é de seriedade. Não importa se um gosta ou desgosta de certo jogador ou se ele joga num time que você não gosta, o momento é de estarmos unidos, fechados. Já vivemos a experiência de que quando tem conexão os resultados são mais favoráveis.”

Venezuela
A Venezuela, treinada pelo ex-goleiro Rafael Dudamel, está confiante de que poderá surpreender no grupo.

Mesmo com um histórico desfavorável diante da seleção brasileira, entrará de forma semelhante à da Bolívia, fechada atrás e acreditando nos contra-ataques pelos lados do campo, para chegar à vitória.

Segundo o zagueiro Jhon Chancellor, mesmo tendo sido dominada pelo Peru, principalmente no fim, quando ficou com 10 jogadores, na estreia na competição, a Venezuela tem capacidade de se classificar.

“Sim, (estou) contente pelo trabalho que foi feito e não se duvidou nem um segundo. Estamos para grandes coisas, estamos para fazer coisas importantes. Trabalharemos agora para pensar no Brasil.”