Rio – O Brasil começou muito bem e terminou muito mal as disputas de tiro esportivo nos Jogos Olímpicos do Rio. Felipe Wu, que chegou à competição como líder do ranking mundial, fez valer seu favoritismo e ganhou a medalha de prata, a primeira do País no Rio-2016, na prova de pistola de ar 10 metros. Naquela prova, Julio Almeida terminou num bom 13.ª lugar. Isso foi há mais de uma semana, no sábado passado. Desde então, a equipe praticamente só colecionou fracassos.
Com exceção de Roberto Schmits, que fechou o primeiro dia da competição de fossa olímpica em sétimo e acabou eliminado com uma honrosa 15.ª colocação, e de Emerson Duarte, 13.º lugar na pistola de tiro rápido 25m, o desempenho do Brasil em todas as outras provas foi de ruim para baixo.
Cassio Rippel foi ouro nos Jogos Pan-Americanos, mas terminou só em 26.º na carabina deitado, ficando na metade debaixo de uma tabela com 47 atletas.
Neste domingo, ele voltou a competir, desta vez na carabina 3 posições, terminando no 44.º e último lugar. Na maioria das disputas, aliás, o Brasil ficou entre os últimos. Foi o caso de Rosane Budag (50.ª e penúltima na carabina 10m; 37.ª e última na carabina 3 posições), Janice Teixeira (21.ª e última na fossa olímpica) e Renato Portella (29.º entre 32 atletas no skeet).
A Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE) é uma das poucas olímpicas que não tem patrocinador. Depende exclusivamente de convênios com o governo federal e dos recursos da Lei Piva. Os atletas de tiro ao prato (como Renato, Janice e Roberto) sequer podem ser militares, uma vez que as Forças Armadas não incluíram essa disciplina em nenhum edital.