Quem compareceu ao Maracanã na noite desta sexta-feira para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro não se arrependeu. Os elogios das arquibancadas vieram de brasileiros e de visitantes de diversos outros países. Os efeitos especiais chamaram a atenção dos donos da casa, enquanto o show de luzes e a música nacional conquistaram os estrangeiros.
“Achei maravilhoso, especialmente a parte inicial com a chegada dos portugueses. Estava tudo lindo, muito organizado”, exaltou a médica Fernanda Moura. Para o casal Rogério e Melissa Tosi, o desfile da modelo Gisele Bündchen ao som da música “Garota de Ipanema”, interpretada por Daniel Jobim, neto do cantor Tom Jobim, foi o trecho mais marcante.
Já Samanta Silva elogiou a homenagem ao Pai da Aviação. “Foi tudo muito bonito. A parte do Santos Dumont foi sensacional”, enalteceu. O avião 14 Bis foi montado com caixas de pano e bambu e alçou voo no Maracanã. Nas televisões, o público podia acompanhar um voo noturno sobre a cidade do Rio de Janeiro ao som de “Samba de Avião”, também de Tom Jobim.
A empolgação dos anfitriões arrancou elogios da alemã Franziska Reinharat. “Gostei das luzes, do cenário das favelas e, acima de tudo, do espírito do brasileiro, todo mundo cantando junto com a música.” Mesmo sem entender o que os brasileiros estavam cantarolando, o coro deixou a turista no ritmo da festa.
A australiana Megan Fardon classificou a cerimônia como “fantástica”. “Eu realmente me diverti. Os efeitos visuais, as luzes e as músicas chamaram minha atenção. Gostei muito da teia verde no início”, opinou. O emaranhado simbolizava o nascimento da floresta. Na cena seguinte, uma tela transparente de centenas de longos elásticos foi manipulada pelos dançarinos, formando três ocas no palco.
A alegria também contagiou Alana Moses, dos Estados Unidos. “Eu amei, foi fantástico. As luzes e a música foram as coisas que mais gostei”, disse. Outra visitante norte-americana, que preferiu não se identificar, fez uma ressalva. “Foi boa, mas não gostei da parte que falava da chegada dos africanos. Achei muito político”, criticou.