Esportes

Capixaba com salário de R$ 160 mil recebe Bolsa Atleta do Governo do ES

O zagueiro tem contrato assinado com o clube paulista Palmeiras e foi adquirido por R$ 10,2 milhões. O montante foi viabilizado pela patrocinadora do clube, a Crefisa

O zagueiro tem contrato assinado com o clube paulista Palmeiras e foi adquirido por R$ 10,2 milhões, com salário mensal de R$ 160 mil Fotos: Reprodução/Instagram

Além de possuir um salário anual milionário, o zagueiro capixaba Luan Garcia é um dos beneficiados do programa “Bolsa Atleta”, destinado à atletas pelo Governo do Espírito Santo. O zagueiro tem contrato assinado com o clube paulista Palmeiras e foi adquirido por R$ 10,2 milhões, com salário mensal de R$ 160 mil.

O jogador tem vínculo com o Palmeiras por quatro temporadas. O valor da transferência é pago em cinco parcelas. O montante foi viabilizado pela patrocinadora do clube, a Crefisa, que também será a responsável por pagar os salários do atleta. A negociação rendeu ao Vasco da Gama, ex-clube de Luan, o valor de R$ 10 milhões, pois a equipe tem 55% dos direitos federativos do atleta.

Do Governo do Espírito Santo, Luan receberá, até a próxima olimpíada, que será realizada em 2020, em Tóquio, no Japão, o valor R$ 4 mil mensais por ter sido medalhista nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, quando defendeu a seleção brasileira na conquista do inédito ouro. 

Luan defendeu a seleção brasileira na conquista do inédito ouro olímpico, na Rio-2016

A gerente de Alto Rendimento da Secretaria Estadual de Esportes e Lazer (Sesport), Fabiana Teixeira, fala que a bolsa é apenas um direito do atleta. “Conforme diz o edital, o Bolsa Atleta destinado ao Luan é pelo fato dele ter sido medalhista em uma Olimpíada, que é um dos critérios de seleção para inserção no programa. Na ocasião, ele representou o Estado no mais alto nível e era um atleta da seleção brasileira de futebol, representando o Espírito Santo”, diz a gerente.

O Bolsa Atleta prevê benefícios em três categorias: esportista estudantil, disponibilizando 20 bolsas de R$ 500, nacional, com 35 bolsas de R$ 1.500 e internacional, 10 bolsas de R$ 2 mil. Fabiana explica que o programa é inspirado no Bolsa Atleta criado pelo Governo Federal. Segundo ela, o benefício, criado em 2009, é exclusivo para atletas de alto rendimento e tem por objetivo observar o mérito do esportista, independente do salário que recebe. 

“Para exercício em 2017, o edital requer resultados alcançados por atletas em 2016. Portanto, não há como atletas que obtiveram os resultados necessários em anos anteriores participarem do programa. As responsáveis pela verificação dos resultados são a Federação, entidade máxima estadual, e a Confederação Brasileira. Juntas, atestam os resultados dos atletas. A Sesport apenas avalia atletas com o aval dessas entidades”, comenta a gerente.

Segundo Fabiana, o programa incentiva jovens atletas do Estado. “O Bolsa Atleta é importante pois os atletas se engajam em uma série de atividades em projetos sociais no Espírito Santo, além de incentivar atletas que estão no início de sua trajetória. É o maior programa de alto rendimento e não é assistencialista”, conclui.

De acordo com a assessoria de imprensa do jogador Luan, ele acreditava que o valor se tratava de uma premiação oferecida para medalhistas olímpicos nascidos no Estado para ser repassado para instituições que trabalham pelo desenvolvimento do esporte, mas desistiu após ser informado que não poderia repassar o benefício.

Veja a nota da assessoria do jogador:

Esclarecemos que o atleta Luan Garcia, natural da cidade de Fundão, no estado do Espirito Santo e campeão olímpico na Rio 2016 com a Seleção Brasileira de futebol, pleiteou o benefício concedido pelo Governo do Estado do Espírito Santo por acreditar que se tratava de uma premiação oferecida para medalhistas olímpicos nascidos no estado, como ele, com o intuito de repassar o montante total para instituições que trabalham pelo desenvolvimento do esporte na sua cidade. 

Porém, após ser informado nesta terça-feira (2) que o valor do “Bolsa Atleta” não pode ser repassado para ajudar outras instituições ou atletas, Luan, que ainda não recebeu nenhuma parcela do benefício, abriu mão do que acreditava ser uma premiação para medalhistas olímpicos oferecida pelo Governo do Estado do Espirito Santo. 

Estamos à disposição para mais esclarecimentos“.

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