Com o mês de outubro se aproximando, as ações voltadas para o “Outubro Rosa” começam a ser planejadas. Na última terça-feira (19), aconteceu um ensaio com mulheres em tratamento ou que venceram o câncer, no Shopping Vitória.
O projeto, que está no seu quinto ano, contou com uma presença ilustre como uma das madrinhas, a atleta da seleção paralímpica de vôlei sentado feminino, a capixaba Luíza Fiorese.
A atleta esteve no time brasileiro que foi medalhista de bronze na última edição das Paraolimpíadas, em Tóquio. Porém, Luíza já se destacava em outro esporte, o handebol, quando aos 15 anos descobriu um tumor ósseo maligno, que a fez interromper sua trajetória no esporte.
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No entanto, quando descobriu o esporte paralímpico, começou a praticar o vôlei sentado, onde ganhou bastante visibilidade e chegar até a seleção brasileira e disputar as Paralimpíadas de Tóquio, no ano passado.
Aos 25 anos, a jogadora natural de Venda Nova do Imigrante, região serrana do Espírito Santo, falou sobre a emoção de disputar as Paralimpíadas pela primeira vez na carreira.
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“É o auge de um atleta profissional e o nosso grande sonho. Curti muito o pré, o momento de convocação. Quando chegamos estamos tão focados no resultado e acabamos deixando de aproveitar o processo. Depois ainda da conquista da medalha de bronze, eu caí na real e me dei conta de que era a realização de um sonho”, ressaltou.
Mundial Paralímpico de Vôlei
A atleta projetou os próximos passos na seleção brasileira feminina de vôlei sentado e já pensa no Campeonato Mundial, que acontece em novembro. As seleções finalistas conquistam a vaga na Paralimpíada de Paris, em 2024.
“Sigo atuando pelo meu clube, em Goiânia, mas também muito focada na convocação para a seleção de olho no Mundial. Vamos em busca de chegar a final e garantir a vaga nas Paralimpíadas de Paris. Caso não cheguemos, ainda temos a chance de buscar a vaga no Parapan no Canadá, no próximo ano”, declarou.
Paris 2024
Diferente dos anos anteriores, as Paralimpíadas de Paris 2024 terão um ciclo mais curto para os atletas, uma vez que as Paralimpíadas de Tóquio 2020 ocorreram em 2021 por conta da pandemia da Covid-19.
Mesmo com o tempo mais curto, Luíza garante que está bem preparada para disputar mais uma Paralimpíada como uma das representantes do Espírito Santo e quem sabe trazer novamente mais uma medalha.
“Estamos fazendo semanas de treinamentos todo mês que reúne as meninas da seleção brasileira. Para nos prepararmos melhor agora só precisamos jogar, ter amistosos e outros torneios são muito importantes para conhecermos mais nossas adversárias. Agora é manter o foco para poder representar nosso Estado novamente em uma Paralimpíada”, finalizou.