Um surfista profissional capixaba está concorrendo ao prêmio de maior onda surfada na edição brasileira do “Gigantes de Nazaré”, competição de surf tradicionalmente disputada na vila de Nazaré, no noroeste de Portugal.
Além de uma premiação de R$ 7 mil, Rodrigo Cardoso, de 25 anos, disputa por uma vaga na etapa nacional do concurso, que ocorrerá em outubro no local de origem. O rapaz é do bairro Jacaraípe, na Serra.
Um vídeo gravado por um amigo de Cardoso mostra o momento em que ele surfa a onda. O registro foi feito no último domingo (21), na Praia da Costa, no município de Vila Velha, em uma região conhecida como Laje do Avalanche.
Veja
Vídeo: Gabriel Henriques
Títulos
Rodrigo Cardoso conta que ocupou o terceiro lugar em um circuito de surf por equipe, disputado em Santa Catarina, e possui três títulos capixabas na categoria de surf profissional. Ele revela ter se surpreendido com a escolha para a disputa. “Decidi ir de última hora para Vila Velha. Não esperava ondas tão grandes. Fiquei surpreso. Estou muito feliz por poder fazer parte da história do Espírito Santo”.
A onda surfada por Cardoso possuía cerca de oito metros de altura. As inscrições para o concurso terminam no dia 30 de setembro e o anúncio dos campeões brasileiros está marcado para o dia 3 de outubro. Após a escolha, os vencedores seguem para a Europa, onde disputarão a segunda edição da premiação, entre outubro deste ano e janeiro de 2020.
Laje da Avalanche
Ondas gigantes em pleno litoral capixaba. Por conta dos ventos fortes e formações de corais a 5 quilômetros da Praia da Costa, em Vila Velha, surfistas do Espírito Santo conseguiram surfar ondas enormes no último domingo (21).
Um dos surfistas que enfrentou as gigantes foi Lucas Medeiros, de 24 anos. Capixaba, ele conta que já surfa há 10 anos e só encontrou ondas assim no Havaí e no Taiti. “Vimos ondas de 8 a 10 metros de altura aqui. Nunca tinha visto nada igual no Brasil. Para nós surfistas, temos que viajar muito para conseguir encontrar ondas assim. Em uma delas, eu tomei um caldo, ou ‘vaca’ como costumamos chamar, que me deixou muito tempo debaixo d’água. É como se você estivesse dentro de uma máquina de lavar. Cheguei a cuspir sangue e minha prancha foi completamente destruída”, conta.
O local onde as ondas foram surfadas é chamado pelos surfistas de Laje da Avalanche, uma formação de corais a 5 quilômetros da praia, que é propícia para a formação de ondas com boas condições de serem surfadas.