Vestir a camisa de um grande clube, fazer gol em clássico e, de quebra, realizar o sonho do pai. É exatamente essa sequência de emoções que a atacante Nathane Fabem, 33 anos, vem vivido nos últimos dias. Anunciada como reforço do Botafogo em janeiro, ela estreou com vitória sobre o Vasco, há duas semanas. E foi além no último sábado, marcando o gol da vitória por 1 a 0 no clássico contra o Flamengo.
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Um início dos sonhos. Para ela e para o pai, Eliezer, torcedor do Botafogo e que tinha o sonho de ver a filha com a camisa alvinegra.
“Meu primeiro gol eu dedico ao meu pai. Botafoguense, ele me ensinou sobre futebol, me ensinou sobre o Botafogo. Eu cresci vendo o Túlio. Maior prazerzão estar marcando gol com este escudo”, dedicou Nath.
Natural de São Mateus, ela conta qual foi a reação do pai ao saber que a filha, que já defendeu grandes clubes como Flamengo, Grêmio e Atlético/MG, jogaria pelo Botafogo.
“Ele ficou muito feliz, deu pra ver o brilho no olhar dele quando eu contei. Também tenho muitos colegas que torcem pro Botafogo”, conta a atacante.
Geração de craques
Nath Fabem é representante de uma geração vitoriosa de jogadoras capixabas, que tem nomes como Gabi Zanotti e Carol Tavares, ambas atualmente no Corinthians. Vice-campeã e artilheira da Libertadores de 2019 pela Ferroviária, e campeã brasileira no mesmo ano pela equipe do interior paulista, ela lembra com carinho da temporada mais especial da sua carreira.
“Foi um momento especial. Me lembro bem e sempre estou assistindo uns momentos da Libertadores pra ganhar mais confiança”, revela a atacante, que também jogou fora do País e viveu experiências bem diferentes na Coreia do Sul. “Já tinha ido pra alguns países, porém, a Coreia foi uma experiência muito legal, no futebol e na cultura. A adaptação foi um pouco difícil no começo, mas fui me acostumando e me adaptando”.
Aos 33 anos, a artilheira comemora a evolução do futebol feminino no País nos últimos anos. E garante que ainda tem sonhos a realizar.
“Comparando a época que comecei a jogar com os dias de hoje, houve uma evolução muito boa e, atualmente, a visibilidade é maior. Por exemplo, temos jogos com mais transmissões e cada vez mais as pessoas abraçam o futebol feminino e vão aos estádios acompanhar os jogos. Ainda tem muito espaço para evolução e melhorias, mas é um fato que a modalidade vem crescendo no país e no mundo todo”, acredita Nath, que completa, para a alegria da torcida alvinegra:
“Tenho muitos sonhos, mas atualmente sonho em ganhar o Campeonato Brasileiro deste ano e conseguir uma classificação para a Libertadores com o Botafogo”.
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