A confusão que se alastrou no arredores da Vila Belmiro após o rebaixamento do Santos no Brasileirão terminou com invasões em campo, bombas atiradas pela torcida e cadeiras quebradas no estádio. Além disso, os veículos do atacante Stiven Mendoza e do delegado da partida, Wilson Roberto Santoro, foram queimados. Ao todo, cinco carros foram atacados por torcedores, enfurecidos com a derrota da equipe diante do Fortaleza.
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Os carros queimados, com uso de bombas e objetos inflamáveis, foram escolhidos aleatoriamente pelos torcedores. Três veículos foram completamente queimados nos arredores e outros dois depredados. Entre eles, o da família de Mendoza. O atacante não entrou em campo nesta quarta-feira (6) e viu do banco de reservas o primeiro rebaixamento da história do Santos.
Segundo relatório da escala de delegados da CBF, Santoro não atuava em uma partida na Vila Belmiro desde junho deste ano. Na ocasião, delegou o confronto da equipe contra o Flamengo — vitória do mandante, por 4 a 1, pelo Brasileirão feminino. Nesta quarta-feira, o árbitro Leandro Pedro Vuaden relatou na súmula que o jogo foi encerrado antecipadamente aos 51 minutos do segundo tempo, após as invasões. Assim que Lucero marcou o gol da vitória da equipe nordestina, torcedores invadiram o campo e arremessaram objetos na direção dos jogadores. Também houve um ônibus queimado na Praça da Bíblia, próxima ao local da partida.
A Tropa de Choque, com escudos, conteve a confusão no local, assim como a cavalaria e viaturas da Polícia Militar (PM). Para dispersar as confusões, foram utilizados gás de pimenta e bombas de efeito moral, o que deixou torcedores, funcionários e jornalistas com dificuldade para respirar dentro do estádio. Um helicóptero da PM permaneceu sobrevoando o estádio.