
O caso de racismo contra Luighi, do Palmeiras, na Libertadores Sub-20 no Paraguai, chegou às instâncias mais altas do futebol nesta sexta-feira (7). O presidente da Fifa, Gianni Infantino, publicou uma nota em apoio ao garoto de 18 anos.
Enquanto isso, no Brasil, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, finalmente teve resposta da Conmebol, que prometeu punições ao Cerro Porteño.
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CBF pede a exclusão do Cerro Porteño
A CBF, por sua vez, pediu para que o clube paraguaio seja expulso da competição. O apelo da entidade foi formalizado em um documento de 29 páginas elaborado pelas Diretorias Jurídica e de Governança e Conformidade.
A CBF se baseia no protocolo global da Fifa para casos de discriminação, que não foi cumprido pelo árbitro da partida.
“O que a gente espera da Conmebol é rigor. Basta de racismo e de multas que não levam a nada. Queremos punições esportivas”, declarou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Na denúncia, a CBF argumenta, ainda, que o futebol sul-americano carrega um histórico de impunidade em relação a atos racistas e que as sanções aplicadas são, na maioria das vezes, insignificantes para coibir novas ocorrências. A denúncia reforça que “a esmagadora maioria das vítimas advém do solo brasileiro”.
Presidente da Fifa se manifesta
Infantino foi um dos destinatários do documento. A Fifa ainda não se manifestou sobre uma ação concreta para o caso, mas o presidente da entidade máxima do futebol publicou uma nota de apoio a Luighi.
“Estou profundamente indignado com o abuso racista sofrido pelo jogador Luighi. É de partir o coração ver um jovem jogador ser levado às lágrimas por um comportamento tão vergonhoso. O futebol deve ser um espaço de respeito, inclusão e união – e tudo começa com os jovens e a base”, escreveu o presidente da Fifa.
Presidente da Conmebol promete punição
A denúncia da CBF também chegou ao presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, o qual havia ignorado as ligações da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, para falar sobre o caso, segundo a própria dirigente.
A reclamação pública, feita em entrevista coletiva, teve efeitos. Após a fala, Alejandro ligou para Leila e prometeu que o Cerro Porteño será punido duramente.
A lei paraguaia não determina racismo como crime, mas como uma infração, passível de multa. Cabe, então, somente à Justiça Desportiva agir sobre o caso.
O protocolo da Fifa prevê derrota para o time associado aos atos racistas, mas o Cerro Porteño já foi superado pelos palmeirenses pelo placar de 3 a 0.