Gwangju – Com a proximidade e até coincidência de datas com os Jogos Pan-Americanos, o Brasil enviou uma delegação de poucos nomes conhecidos para a Universíada, em Gwangju, na Coreia do Sul. No início da segunda semana de competições, a delegação brasileira, entretanto, já tem o seu destaque: Henrique Martins.
Nadador do Minas Tênis Clube, Henrique fechou a Universíada, nesta sexta-feira, com sua terceira medalha, a primeira de prata, depois de ganhar duas de ouro. Mais do que isso, ele volta de Gwangju com novo status na natação brasileira. É agora um dos fortes candidatos a representar o País nas provas de velocidade nos Jogos do Rio.
Nesta sexta-feira, ele liderou a final dos 50m livre até a batida de mão, mas vacilou e ficou com a prata. Completou em 22s24, recorde pessoal, contra 22s22 do bielo-russo Yauhen Tsurkin. Henrique nadou abaixo do índice olímpico (22s27), mas a Universíada é aceita como tomada de tempo pela Federação Internacional (Fina), mas não pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), que é quem convoca.
Nos 100m livre, na quarta, Henrique ganhou o ouro da Universíada com 48s98, também abaixo do índice olímpico (48s99) e recorde pessoal. Assim, agora é o terceiro brasileiro mais rápido do ano na prova, atrás de Matheus Santana e Cesar Cielo, apenas. E tem um tempo um centésimo mais lento que de Cielo.
Ao nadar pela primeira vez na carreira na casa dos 48 segundos, Henrique vira forte candidato a estar no revezamento 4x100m livre nos Jogos Olímpicos do Rio. Nos 50m, apesar de ter assumido o quarto lugar do ranking nacional, segue ainda longe de Bruno Fratus e Cesar Cielo. Já o tempo que lhe deu o ouro nos 50m borboleta, prova não olímpica, faz dele o terceiro do ranking mundial.
Henrique está no auge da forma em Gwangju porque não entrou na lista de convocados para os Jogos Pan-Americanos e não fez índice para o Campeonato Mundial. A Universíada, assim, foi sua principal competição desse meio de temporada.