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Com gol de estreante Brasil mantém 100% na era Dunga

No último jogo de 2014, Seleção de Dunga sofre primeiro gol em seis jogos, mas consegue bater Áustria. Defensor recebe braçadeira de Neymar, substituído no fim

 Seleção Brasileira termina 2014 com uma vitória contra a modesta Áustria por 2 x 1 Foto: Divulgação

De volta à realidade de um time em construção, a seleção brasileira termina 2014 com uma vitória contra a modesta Áustria por 2 x 1. Mas com Neymar apagado, o time não conseguiu repetir o bom desempenho do jogo contra a Turquia e demonstrou que o “purgatório” pode ser mais longo que a CBF imaginava. A vitória veio dos pés de Roberto Firmino, um dos novatos do time que entrou no segundo tempo e comprovou a tese de Dunga que ninguém tem lugar garantido no time.

Neymar havia feito sete gols em cinco jogos e decidido alguns dos confrontos nos últimos meses. Mas, ontem, foi bem marcado e não repetiu sua bela atuação da semana passada. Resultado: a seleção que vinha de doze gols marcados em cinco jogos também não rendeu e demonstrou que continua dependendo de um craque.

Nesta quarta-feira, a meta era a vitória para terminar o ano em um tom positivo. Se o resultado positivo foi atingido, o time mostrou suas limitações. Ainda assim, Dunga termina o ano com seis vitórias, 14 gols marcados e um sofrido. Acima de tudo, os resultados dos últimos dois jogos reabriram a concorrência por várias posições dentro do time e mostrou que quem está no banco também pode definir.

Se o sistema de som do estádio entoava Strauss antes da partida, o baile em Viena não aconteceu e a partida sonolenta não empolgava. O Brasil não encontrou a mesma facilidade que no jogo contra a Turquia diante de uma defesa austríaca bem colocada e pouca movimentação entre os brasileiro.

Os austríacos ameaçaram e dominaram o primeiro tempo. No ataque, Oscar e Willian também sofriam para oferecer qualquer tipo de perigo e o jogo envolvente não ocorria. Neymar, que havia sido ovacionado na Turquia, não conseguiu saiu da marcação e não brilhou. Luis Adriano sequer participava do jogo e, nos primeiros 45 minutos, foram apenas dois chutes ao gol. O primeiro apenas aos 33 minutos.

No segundo tempo, o time continuou sem conseguir criar. Mas ganhou nova dinâmica quando Firmino e Douglas Costa entraram no lugar de Luis Adriano e Willian. O primeiro gol brasileiro sequer deveria ter sido validado. Aos 18 minutos, David Luiz completou de cabeça um escanteio, depois de fazer falta no zagueiro austríaco não marcado pelo juiz.

Faltando 15 minutos para o final da partida,  a Áustria acabou com a invencibilidade da defesa brasileira e Dragovic converteu um pênalti. Mas viria dos pés de Firmino, aos 38 minutos, o gol da vitória, num chute forte de fora da área. Seu gol demonstrou que Dunga pode continuar a fazer testes em busca de opções. Entre seus assistentes, os comentários eram claros: não existe titular absoluto e a solução pode vir de novatos.

O treinador e a comissão técnica agora miram a Copa América em 2015 como o próximo passo na reconstrução do time. Antes, terão quatro amistosos para definir o grupo. Mas a reconquista do torcedor e o respeito internacional depois do vexame da Copa do Mundo pode levar mais tempo que se esperava para ocorrer. Principalmente enquanto o grupo depender apenas de um jogador.