Daniel Cargnin é o segundo medalhista do Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. No país do judô, o brasileiro venceu Baruch Shmailov, de Israel, com um wazari no tempo regular, e levou o bronze em luta disputada no início da manhã deste domingo, na categoria meio-leve (até 66kg). Muito emocionado, o lutador lembrou de sua mãe, Ana Rita, e os momentos de dificuldade que enfrentou antes de chegar ao pódio.
Estreante em Jogos Olímpicos, o gaúcho de 23 anos se mostrou confiante desde a primeira vez que pisou no histórico tatame histórico da arena Nippon Budokan. Na primeira rodada, Cargnin superou o egípcio Mohamed Abdelmawgoud no golden score, quando o brasileiro conseguiu um ippon logo nos primeiros segundos. No tempo regular, a luta foi equilibrada, e cada judoca terminou com uma punição.
A primeira para o egípcio, e a segunda logo depois para Cargnin. Nas oitavas de final, o gaúcho venceu Denis Vieru, da Moldávia, com um waza-ari também no golden score. Em seguida, ele superou Manuel Lombardo, da Itália, número 1 do mundo na categoria, e se classificou para as semifinais.
Daniel é a grande revelação do judô masculino brasileiro nos últimos anos. O atleta foi campeão mundial júnior em 2017, em Zagreb, na Croácia, e já tinha um bronze no torneio, de 2015. Além disso, foi vice-campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019. Com a conquista, o atleta consolida a nova geração do Brasil na modalidade.
O ouro na categoria ficou com o japonês Hifumi Abe, que havia vencido Daniel na semifinal. A prata ficou com Vazha Margvelashvili, da Geórgia.