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Com vitória russa, Jogos Europeus chegam ao fim e têm futuro incerto

Baku – A primeira edição dos Jogos Europeus chegou ao fim neste domingo, em Baku, em meio a incertezas sobre a continuidade do projeto. Se a estreia contou com forte investimento financeiro do Azerbaijão, que preparou elogiada estrutura na capital do país, ainda não há a certeza de como será a edição 2019. A Holanda havia se comprometido em realizar os Jogos daqui a quatro anos, mas desistiu.

Ainda que a competição tenha reunido cerca de 6 mil atletas, apenas 59 campeões olímpicos foram até Baku. Carros-chefes de eventos poliesportivos, as competições de atletismo e natação foram absolutamente esvaziadas pelas principais potências esportivas europeias, como Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha.

Dos grandes países do continente, só a Rússia levou os Jogos Europeus a sério. Tanto é que sobrou no quadro de medalhas, com 79 de ouro, 40 de prata e 45 de bronze. Foi ao pódio 164 vezes, contra 66 da Alemanha, que foi quem mais se aproximou.

Quem mais saiu ganhando com os Jogos Europeus, entretanto, foi Baku. A capital do Azerbaijão preparou grandes estruturas e mostrou ser capaz de sediar a Olimpíada, conforme declarou o presidente do Comitê Olímpico Europeu, Patrick Hickey. “Quando alguém vê a infraestrutura que foi construída, vê que obviamente foi pensada no futuro. Eu acho que isso vai acontecer”, disse ele.

Com um bom número de atletas naturalizados, o Azerbaijão fechou os Jogos Europeus com 56 medalhas, em segundo no quadro quando se considera o número de medalhas de ouro: 21. Ficou à frente de Grã-Bretanha (18), Alemanha (16), França (12) e Itália (10).