Teresópolis – A seleção brasileira admite sua condição de favorita para ganhar a Copa, mas não quer dar sopa para o azar, tampouco cair na armadilha e tentação de subestimar os adversários e entrar em campo no clima do “já ganhou”. Parreira e Murtosa foram taxativos nesse aspecto, de modo que o coordenador técnico da seleção revelou que o técnico Luiz Felipe Scolari tem nas mãos o mapeamento de ao menos 16 rivais.
À reportagem, Felipão adiantou o prognóstico do Brasil depois da primeira fase, um caminho só de pedreiras. Nesta ordem, das oitavas à final, o time de Neymar teria de passar por Holanda, Itália, Alemanha e Argentina. Mas como esses confrontos são estimados, Parreira disse que o Brasil precisa também se prevenir contra outros adversários. “Pensamos na Itália nas quartas de final, mas quem nos garante que desse grupo não poderá sair a Inglaterra ou o próprio Uruguai”, comentou.
Da mesma forma, se a Holanda ficar em primeiro da sua chave, a seleção de Felipão poderá medir forças logo de cara com os campeões do mundo, a Espanha. E, mesmo em fase ruim, com jogadores importantes machucados, ninguém gostaria de encarar os espanhóis na estreia da fase de mata-mata. O risco é grande de cair cedo.
E, para que isso não aconteça, a comissão técnica garante que tem todas essas seleções analisadas e reanalisadas em todos os seus fundamentos, graças a um programa de computador capaz de mostrar o comportamento dos rivais, desde sua distribuição em campo, passando pelos fundamentos mais bem desenvolvidos até as características de seus principais jogadores.
Tanto Parreira quanto Murtosa concordam que o favoritismo de uma seleção, como o Brasil, pode ser responsável por 25%, 30% de seus resultados. O restante vem dos detalhes e do envolvimento e doação de seus jogadores. Saber como se comporta um rival pode ser um detalhe importante para o Brasil. É nisso que aposta Felipão.