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Confiante, Thiago Silva já pensa em levantar a taça

O zagueiro admitiu que já pensa em repetir, na final, os gestos de Bellini, em 1958, Mauro, em 1962, Carlos Alberto Torres, em 1970, Dunga, em 1994, e Cafu, em 2002

Teresópolis – Capitão da seleção brasileira, Thiago Silva entra para a disputa da Copa do Mundo, evidentemente, com o objetivo de ser campeão. E caso essa meta seja alcançada, será ele o responsável por levantar a taça em um momento que ficará registrado na história do futebol. Nesta quarta-feira, o zagueiro admitiu que já pensa em repetir, na final do dia 13 de julho, os gestos de Bellini, em 1958, Mauro, em 1962, Carlos Alberto Torres, em 1970, Dunga, em 1994, e Cafu, em 2002 – ainda mais diante das virtudes que enxerga na equipe comandada por Luiz Felipe Scolari.

“Estaria mentindo se falar que eu não pensei (em levantar a taça). É inevitável. É uma possibilidade grande, por ser dentro de casa, por ter um time qualificado e também ter uma torcida apaixonada. Isso faz você ter confiança, pensar nesse momento único, nessa final. A pressão é muito grande, mas temos que pensar na estreia, que é o jogo mais importante”, afirmou Thiago, em entrevista coletiva nesta quarta-feira, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ).

O zagueiro revelou que já conversou com Cafu sobre a responsabilidade de vestir a braçadeira de capitão da seleção e explicou que a força da equipe lhe dá mais tranquilidade para exercer uma função tão importante em uma Copa do Mundo disputada em casa.

“Conversei com o Cafu na premiação da seleção da Fifa, cheguei antes da cerimônia e nos falamos. Ele disse que a pressão é muito grande, mas me passou a importância de ficar tranquilo. O mais legal é sentir a equipe preparada, e isso me deixa mais tranquilo. A Copa pode ser decidida num pequeno detalhe e esse detalhe não pode nos deixar fora”, lembrou.

Thiago Silva usa a braçadeira da seleção, mas Felipão sempre destaca que o time tem outros três líderes em campo: o também zagueiro David Luiz, o goleiro Julio Cesar e o atacante Fred. Para o capitão de fato, o estilo do quarteto se complementa. Ao comentar o perfil de cada um, ele indicou que dar o título a Julio Cesar, que falhou nas quartas de final da Copa de 2010, quando o Brasil foi eliminado pela Holanda, é uma das metas desse grupo atual.

“O David é parecido comigo, mas bem mais explosivo, dá umas duras que não estamos acostumados, mas isso faz parte do perfil dele. O Fred é um líder mais tranquilo, que pressiona os árbitros quando tem faltas duvidosas lá na frente. E o Júlio tem um grande respeito do grupo pela sua experiência. A história de vida dele faz com que tentemos ganhar essa Copa para ele. Eu estava lá e vi o tanto que ele ficou desesperado ao perder, o vi no hotel, na África do Sul. Quando saiu a convocação (para a Copa de 2014), mandei mensagem e disse que para ele que estaríamos juntos para fazer uma história diferente”, comentou Thiago Silva, que era reserva do Brasil no Mundial anterior.

Ele também contou que, como capitão, até já conversou com os jogadores do grupo sobre erros que foram cometidos na vitória da seleção por 4 a 0 sobre o Panamá, na última terça-feira, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, quando foi poupado por Felipão e nem viajou com o grupo – ficou de fora para realizar trabalhos de recuperação física em Teresópolis.

“Me sinto capitão porque isso faz parte da minha vida, até em casa me sinto assim. A última palavra lá é minha: OK”, brincou Thiago Silva. “Não conversei sobre o jogo com o Felipão, mas com alguns, sim, com o Daniel Alves e o Ramires. Pedi mais atenção defensiva”, completou o zagueiro, que vai participar do amistoso desta sexta-feira entre Brasil e Sérvia, no Estádio do Morumbi, em São Paulo.