O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu preventivamente Cruzeiro e Coritiba por causa de invasão de campo e briga generalizada na partida de sábado, no Durival Britto, em Curitiba, na vitória por 1 a 0 do Coxa. Os clubes foram penalizados e serão obrigados a jogar sem a presença de seus torcedores até o fim do Brasileirão.
Logo após a confusão, a Procuradoria-Geral havia entrado com um pedido no STJD para que os clubes fossem punidos exemplarmente por causa da briga campal. Nesta quinta-feira (16), o presidente do órgão, José Perdiz, anunciou a proibição de mineiros e paranaenses acompanharem suas equipes nesta reta final.
O Coritiba, praticamente rebaixado, ainda tem quatro jogos a disputar, enquanto o Cruzeiro, que abre a zona de queda, jogará duas vezes a mais por causa das partidas adiadas contra Fortaleza (será no sábado) e Vasco (agendada para o dia 22).
O jogo em Curitiba ficou interrompido por 35 minutos após os mineiros invadirem o gramado primeiro e irem em direção à torcida do Coritiba, que também pulou os alambrados e partiram para a briga. O jogo ainda voltou para seis minutos de acréscimos.
Ambos foram enquadrados no artigo 34 do CBJD que dispõe que “o processo desportivo observará os procedimentos sumário ou especial, regendo-se ambos pelas disposições que lhes são próprias e aplicando-se-lhes, obrigatoriamente, os princípios gerais de direito”. O 1º item do artigo impõe que seja observado o procedimento sumário quando se tratar de processos disciplinares, iniciados por denúncia. Já o 2º, é avaliado quando invocado pela Procuradoria.
Situação do estádio
O estádio do Paraná Clube — utilizado para a partida por causa de show no Couto Pereira, que é a casa Coritiba — escapou de interdição. Mas tirar os torcedores dos clubes briguentos de todos os jogos foi uma maneira encontrada para servir de exemplo.
“As poucas vezes que o STJD puniu clubes infratores apenas com a interdição parcial dos estádios, vedando a ocupação dos espaços reservados para as torcidas organizadas, constatou-se a pouca efetividade e baixo poder pedagógico para inibir novas práticas de violência. Razão pela qual a medida mais eficaz demonstra ser a aplicação dos portões fechados, apesar de saber do enorme prejuízo causado aos clubes e a própria competição em si”, frisou José Perdiz.