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De novo em Araraquara, São Paulo busca alternativas para melhorar ataque

No mesmo palco onde disputou o seu primeiro clássico em 2019 e não saiu do 0 a 0 com o Palmeiras no último domingo, o São Paulo enfrenta a Ferroviária, a partir das 21h30, na Arena Fonte Luminosa, com a preocupação em melhorar a sua produção ofensiva em seu terceiro compromisso no Campeonato Paulista.

Após estrear com vitória por 2 a 0 sobre o Água Santa com boa atuação, o São Paulo até teve algumas chances de marcar contra o Palmeiras, mas teve volume de jogo menor do que o rival. E levantou preocupações de que o ataque repita 2019, quando sofria para marcar gols.

Na temporada passada, o São Paulo disputou 60 jogos, tendo marcado apenas 56 gols, o que o deixou com uma média inferior a um gol por partida. Por isso, mas também pela ausência de Helinho, o técnico Fernando Diniz decidiu busca alternativas para que o ataque não passe em branco no segundo compromisso seguido em Araraquara.

Escolhido por Diniz para substituir Antony enquanto o titular defende a seleção brasileira sub-23 no Pré-Olímpico, Helinho é desfalque certo porque sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo no clássico, já tendo iniciado tratamento. Mas o seu substituto é incerto.

Alexandre Pato é o favorito a receber uma chance de Diniz após entrar durante o segundo tempo das duas partidas do São Paulo em 2020. E precisa dar uma resposta em campo para o alto investimento realizado pelo clube, além de buscar espaço entre a função de centroavante, a preferida pelo treinador para ele, ou na ponta, como o jogador já disse se sentir melhor.

Outras alternativas para Diniz são Everton e Liziero. No caso do meio-campista, o treinador abandonaria o 4-3-3, apostando em uma nova formação tática, como ocorreu no segundo tempo do clássico de domingo. E essa alternativa poderia enfraquecer o ataque.

Diniz, no entanto, não deu pistas, pois fechou o treino da véspera, realizada no palco da partida. E avalia até mesmo a possibilidade de poupar alguns dos jogadores mais experientes do elenco, como Juanfran, Arboleda, Hernanes, Daniel Alves e Pablo.

A condição do gramado da Fonte Luminosa também preocupa o São Paulo. O estádio foi uma das sedes da Copa São Paulo de Juniores. Recebeu, assim, dez jogos entre os dias 2 e 17 de janeiro. E também sediou duas partidas do Paulistão. “A gente se propõe a fazer um jogo de controle, não é só manter a posse de bola. Eu acho que com esse clima, com esse campo seco, esse jogo fica prejudicado, porque fica um pouco mais lento, não flui tanto”, afirmou Hernanes.

Em busca da primeira vitória no torneio, a Ferroviária tem duas dúvidas. Max e Carlão disputam uma vaga no miolo de zaga, enquanto Euller e Bruno Recife brigam por um lugar na lateral esquerda. “Vamos montar um time com a posse de bola, procurando ser mais agressivo. Precisamos melhorar nesse ponto. A Ferroviária tem como característica saber conduzir a posse de bola, mas vamos corrigir a parte ofensiva para incomodar mais o adversário”, afirmou o técnico Sérgio Soares.

O time confia em seu retrospecto como mandante contra times grandes do futebol paulista. Desde que voltou à elite estadual, empatou em quatro oportunidades e venceu uma, contra o Corinthians, em 2017, por 1 a 0. “Temos de buscar fazer um grande jogo para buscar o nosso resultado e, consequentemente, seguir nesse padrão. Vamos viver o momento. É um campeonato muito difícil, contra um adversário qualificado, mas queremos o resultado positivo”, concluiu.

Com empate diante do Mirassol (1 a 1), e derrota para o Santo André (2 a 1), a Ferroviária aparece na terceira posição do Grupo D, com um ponto. Já o São Paulo lidera a chave C, com quatro.