A emoção tomou conta da corredora Neide Gujansque Tosta, de 61 anos, na sua estreia na Dez Milhas Garoto, no último domingo (29). Tamanha foi a alegria que, na chegada da prova, tropeçou nas próprias pernas e caiu “de cara” no chão.
Ela mesma ri da situação. “Duas pessoas me levantaram e eu saí correndo depois da chegada para pegar minha medalha, que é, por sinal, a mais linda da minha vida. Eu amei minha primeira vez na Dez Milhas Garoto”, declarou, aos risos.
Neide conta que sempre foi atleta. No entanto, só foi encarar a primeira corrida longa aos 27 anos, na São Silvestre (SP), cujo percurso tem 15km.
Ela ainda ressalta que foi árbitra de futebol e tinha ótimo preparo físico até o final de carreira, quando sofreu uma queda de bicicleta e teve um abaulamento na vértebra da coluna cervical, comprimindo a medula cervical.
“Aos 45 anos, parei toda a minha carreira de atleta, já que sofri outro acidente jogando futsal, colocando 2 parafusos no joelho direito. Também tive um acidente na escada do serviço e passei por duas cirurgias. Ainda sofri dois acidentes de moto, rompendo os ombros, tendo hoje indicação para colocar platina”, lembrou Neide.
Apesar de tantos “percalços”, este ano ela começou um circuito que acontece em Barcelona, na Serra, três vezes por semana, sob coordenação de Claudio Guyansque.
Após três meses de dedicação, iniciou um treino de asfalto, voltando a participar das corridas de rua, como Hangar 942/Aeroporto Vix e Santa Lúcia. Agora, tive a chance de fazer esses fenomenais 16 km da Garoto”.