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Diretoria promete reforçar Palmeiras com jogadores da Série B

Com a janela de transferência fechada e pouca opções, clube deve recorrer a atletas de times de menor expressão para fugir da queda

A trorcida palmeirense protestou com pixações Foto: Estadão Conteúdo

Um dia após ser humilhado com a derrota por 6 a 0 para o Goiás, o comando do Palmeiras prometeu trazer reforços. Como existem poucas opções na elite, o alvo será a Série B. O período de inscrições se encerra dia 3 de outubro. Além disso, a diretoria não vai tomar providências drásticas. Pretende ficar mais próxima do elenco, acompanhando o dia a dia de perto, não fazer uma caça às bruxas e passar tranquilidade e confiança aos jogadores. Apenas Valdivia vai ser penalizado com uma multa pela expulsão contra o 

Em linhas gerais, essas são as principais providências que a direção do Palmeiras vai adotar para tentar recuperar a equipe depois da queda para a lanterna com a maior derrota de sua história na competição – fato igual só havia acontecido em 1981, diante do Internacional, no Sul. Nada muito impactante, pois acredita que triunfos nos próximos jogos (Vitória, Figueirense e Chapecoense) vão trazer a confiança de volta. 

Pessoas próximas à diretoria afirmam que a cúpula está preocupada, reconhece sua parcela de responsabilidade. Por isso, prometeu novos nomes ao técnico Dorival Júnior. Da Série A podem ser chamados apenas aqueles que não completaram sete jogos. Com isso, o foco são atletas dos líderes da Série B, como Joinville e Avaí, para a defesa e o setor de criação. Em relação ao grupo atual, a ideia é identificar líderes que possam transmitir tranquilidade.

Nesta segunda-feira, o presidente Paulo Nobre e o diretor executivo José Carlos Brunoro preferiram não se manifestar sobre a goleada. Também evitaram reuniões para fazer cobranças.

Dentro de campo, a equipe também vai mudar. O técnico Dorival Junior vai deixar de lado o estilo ofensivo e adotar um esquema mais cauteloso. Contra o Goiás, apostou no 4-5-1 antes de ser engolido pelas falhas individuais da defesa. “Estamos mudando o estilo e apostando em um meio campo mais fechado”, afirmou após a goleada no Serra Dourada.

Dorival Júnior também vai realizar treinos fechados, como o que aconteceu nesta segunda-feira. O objetivo é unir o grupo e permitir que os jogadores se sintam mais à vontade. Uma espécie de blindagem. Na sexta-feira, pensava diferente: “Nunca fui de fazer treino secreto ou de esconder o time. Nem nas vésperas de decisões fiz isso na minha carreira”. 

As mudanças, portanto, começaram a ser colocadas em práticas nesta segunda-feira mesmo. Os jogadores tiveram um treino leve à tarde, sem a presença da imprensa, e não sofreram protestos no desembarque no Aeroporto de Guarulhos.

Situação bem diferente do que enfrentaram em Goiânia. A equipe começou a perceber o tamanho da tragédia dos 6 a 0 quando chegou ao hotel. O ônibus foi apedrejado e um grupo de torcedores tentou agredir os jogadores. A Polícia Militar de Goiânia interveio, mas ninguém foi preso. 

Pela manhã, para evitar novos problemas, o ônibus foi escoltado até o Aeroporto Santa Genoveva. Na chegada a São Paulo, desembarcaram na pista do Aeroporto de Guarulhos. Por segurança, o ônibus da delegação não foi identificado com o nome e cores do clube. O protesto da torcida se resumiu à pichações nos muros da sede de uma facção organizada.

ELEIÇÕES

A reformulação interna coincide com o início da corrida pela presidência. Na próxima semana, os pré-candidatos serão convocados para entregar ao Conselho Deliberativo a apresentação das propostas. Quem tiver a aprovação, entra no pleito, em novembro.