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'É importante ter dias como esse para os Jogos Olímpicos', diz Teddy Riner

Aos 30 anos, ele disse que deseja parar de lutar nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024

Foto: Reprodução / Instagram

Maior judoca da atualidade, o francês Teddy Riner afirmou após faturar o ouro no Grand Slam de Brasília, nesta terça-feira, que vai selecionar os próximos campeonatos de que participará e que busca apenas o ouro na Olimpíada de Tóquio, em 2020. 

“Sinto-me muito bem e feliz. Hoje foi um grande dia. Eu treinei e trabalhei duro. É importante ter grandes dias como esse para os Jogos Olímpicos porque eu quero a medalha de ouro, não quero a de bronze ou de prata. Acho que é bom para o futuro quando eu luto como hoje”, disse Riner. “É um projeto, meu alvo… Eu quero parar em Paris, mas a carreira é muito difícil. Meu primeiro projeto é Tóquio-2020. E depois, se meu corpo e minha cabeça estiverem bem, vou a Paris para o final. Depois, nunca mais.”

O francês avaliou como positiva para sua preparação metal e de sua equipe a participação na competição no Brasil. Ele revelou que vai fazer uma avaliação em reunião com seus treinadores sobre os pontos positivos e negativos para decidir a quais outras poderá comparecer. A próxima deve ser Abu Dabi, no fim deste mês, nos Emirados Árabes Unidos, e depois em Perth, na Austrália. “Treinamento e competição são totalmente diferentes”, disse o judoca.

Teddy Riner elogiou o japonês Kokoro Kageura, que fez a luta mais difícil contra o multicampeão em Brasília, e disse que ele será um adversário complicado na Olimpíada de Tóquio-2020. “Diziam que ele era um belo lutador japonês, hoje lutei contra ele. Será um grande oponente no futuro. Tenho que tomar cuidado”, disse Riner.

NÃO SOU POLÍTICO, POR ENQUANTO – A vitória de Teddy levou não só o hino nacional francês a Brasília, mas também bandeiras do país nas arquibancadas, com as quais ele foi comemorar. Questionado pelo Estado sobre os desentendimentos públicos diplomáticos entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente francês, Emmanuel Macron, a respeito das políticas sobre a Amazônia, o judoca, que é um dos ícones do esporte mundial, esquivou-se de comentar.

“Sou um desportista, não um político, por enquanto”, afirmou, embora tenha dito que se sensibiliza por temas políticos. “Sim, todos os dias, quando você é uma personalidade pública, todos querem a sua imagem. Eu, por enquanto, não sou político, sou um atleta. No futuro, seria uma nova carreira.”