Curitiba – O Santos encantador do Campeonato Paulista parece cada vez mais algo de um passado distante. Neste sábado, a equipe de Oswaldo de Oliveira exibiu mais uma vez um futebol chato, burocrático, como na estreia contra o Sport. Só não perdeu porque o Coritiba também não foi muito melhor e porque uma linda bicicleta de Zé Eduardo parou no travessão já no fim do jogo. O empate por 0 a 0, no Couto Pereira, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, ficou de bom tamanho pelo que foi a partida.
O resultado manteve as duas equipes em situação idêntica na tabela, com dois pontos após duas partidas. O Coritiba volta a campo pela Copa do Brasil, quarta-feira, contra a Caldense, fora de casa. Pelo Brasileirão, tentará sua primeira vitória contra o São Paulo, no sábado, às 18h30, no Pacaembu. No mesmo dia e horário, o Santos terá pela frente o Grêmio, na Vila Belmiro.
O jogo deste sábado começou movimentado e equilibrado, mas o Coritiba sofreu uma baixa logo aos oito minutos, quando Julio Cesar precisou ser substituído por lesão. Na sequência, no entanto, a equipe perdeu grande chance. Zé Eduardo recebeu de frente para Aranha, mas se atrapalhou com o pé de apoio e chutou longe do gol.
Foi o suficiente para animar o Santos, que respondeu aos 10 minutos. Thiago Ribeiro deu lindo lançamento para Gabriel, que tentou encobrir Vanderlei e jogou para fora. Mas o jogo era mesmo do Coritiba, que voltou a pressionar. Aranha apareceu bem aos 14 para evitar gol de Zé Eduardo. Aos 17, após confusão na área, Jajá bateu cruzado e acertou a trave.
O Coritiba chegava de todas as formas e só não abria o placar porque Aranha estava em tarde inspirada. Em duas oportunidades, ele interveio bem em chutes de longe, de Jajá e Zé Eduardo. Aos poucos, o Santos acertou a marcação nos jogadores de ataque do adversário, que continuava com a bola, mas já não assustava. Por outro lado, o time visitante baseava suas estocadas em lançamentos para Gabriel.
O Santos voltou para o segundo tempo sem o criticado Leandro Damião, que mais uma vez pouco apareceu em campo. Geuvânio entrou, mas pouco mudou o panorama ofensivo da equipe. O Coritiba seguia dono do jogo, controlando a posse de bola, mas com muita dificuldade para criar.
Aos 21, teve a primeira boa chance da segunda etapa. Carlinhos fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Zé Eduardo, que ajeitou para Robinho. O meia bateu firme, mas a bola desviou na zaga e saiu. Sem ameaças do Santos, o técnico Celso Roth colocou o time para frente, com as entradas de Geraldo e Roni. Aos 29, Geraldo recebeu cruzamento e tentou de primeira, de esquerda, quase marcando um golaço.
Oswaldo de Oliveira respondeu com a entrada de Lucas Lima, e o Santos até melhorou. Cícero teve bom momento aos 37, quando chutou em cima de Vanderlei, mas o grande lance do jogo estava guardado para Zé Eduardo. Aos 40 minutos, o atacante aproveitou sobra na entrada da área e emendou uma linda bicicleta. A bola encobriu Aranha e caprichosamente tocou no travessão, mostrando que o dia não era mesmo de gols.
FICHA TÉCNICA
CORITIBA 0 X 0 SANTOS
CORITIBA – Vanderlei; Victor Ferraz, Luccas Claro, Leandro Almeida e Carlinhos; Chico, Baraka, Gil (Geraldo) e Robinho (Roni); Zé Eduardo e Julio Cesar (Jajá). Técnico: Celso Roth.
SANTOS – Aranha; Cicinho, Jubal, David Braz e Emerson; Alan Santos, Alison e Cícero; Gabriel (Stéfano Yuri), Thiago Ribeiro (Lucas Lima) e Leandro Damião (Geuvânio). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
ÁRBITRO – Emerson de Almeida Ferreira (MG).
CARTÕES AMARELOS – Luccas Claro, Zé Eduardo, Gil (Coritiba); Cicinho, Alison, Alan Santos, Stéfano Yuri (Santos).
RENDA – R$ 254.825,00.
PÚBLICO – 12.354 pagantes (14.288 total).
LOCAL – Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR).