Faltam poucos meses para o início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, e o clima entre os brasileiros já é de total expectativa. Já mostrando um pouquinho do que serão os jogos, a tocha olímpica começa a circular pelo Brasil no dia 03 de maio, em Brasília. O símbolo olímpico vai percorrer 329 cidades em 95 dias, percorrendo os 26 Estados e Distrito Federal, e sendo conduzido por 12 mil pessoas.
No Espírito Santo, nove cidades se preparam para receber a chama olímpica. As cidades escolhidas são Vitória, Vila Velha, Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Serra, Aracruz, Colatina, Linhares e São Mateus. O revezamento da tocha em terras capixabas começa acontece de 16 a 18 de maio.
Conheça alguns dos capixabas que estão na lista dos condutores da tocha olímpica
Sensível. É assim que Lívia Albernaz se descreve ao falar do seu sentimento em relação ao mundo do esporte. A jornalista confessa que é daquelas que torce por todas as modalidades e chora com o hino nacional, com as premiações de brasileiros e com as lindas histórias narradas pelo mundo esportivo. Convocada para ser uma das condutoras da chama olímpica no Estado, Lívia fala sobre a alegria de estar entre os 12 mil escolhidos e já se sente parte da história do esporte no Espírito Santo.
“Meu sonho era ser atleta. Joguei vôlei por muitos anos, mas depois parei. Carregar a tocha olímpica me deixa, de alguma forma, na história do esporte no Espírito Santo, o que sem dúvidas é bem emocionante. Estamos atualmente vivendo uma fase de crise no País, mas com isso mostramos a força do esporte”, declarou.
Lívia Albernaz, jornalista
Adeli Gavina também é uma das escolhidas para o time dos condutores, e já declara que irá fazer o percurso bem devagar para aproveitar cada segundo com o símbolo olímpico. A ultramaratonista, que vai trabalhar como voluntária nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, esteve recentemente no Rio de Janeiro para tentar tirar foto com a réplica da tocha olímpica, e poucos dias depois soube que está entre os selecionados para conduzir o símbolo oficial em Vila Velha.
“No momento que eu recebi o e-mail de confirmação do Comitê Olímpico eu não sabia se chorava, se pulava ou se gritava. Quem vive do esporte deve imaginar a sensação. Vou fazer o percurso bem devagar, aproveitando cada segundo, pois não sei quando terei a mesma oportunidade”.
Adeli Gavina – Ultramaratonista
Natural de São Paulo, mas morando no Espírito Santo há 38 anos, Elcio Cremonini deixa claro que se considera mais capixaba do que muita gente. Sempre ligado ao mundo esportivo, Elcio praticou desde modalidades aquáticas até esportes de aventura. Aos 68 anos, o administrador de empresa se diz está pronto e ansioso para o dia 17 de maio.
“Me considero mais capixaba do que muitas pessoas que nasceram aqui. Moro no Espírito Santo há 38 anos e aqui construí minha família. Ter a oportunidade de carregar a chama olímpica aos 68 anos é um privilégio, e não me sinto velho para isso, pelo contrário. Faço questão de saborear segundo do percurso”.
Elcio Cremonini – Administrador de empresa (aposentado)
Assim como Elcio, Vanuzza Ferreira encontrou no Espírito Santo “sua casa”. A professora de educação física, que nasceu em Minas Gerais, mudou-se para o Estado ainda pequena, com apenas quatro anos.
“Aqui comecei a jogar futebol, logo depois passei a ser preparadora física, técnica e atualmente sou professora. Desde que soube que as Olimpíadas seriam no Brasil acompanhei o período de inscrição para conduzi a tocha, e quando abriu não perdi tempo. É uma sensação maravilhosa. A mesma sensação de procurar seu nome na lista dos aprovados do vestibular”.
Vanuzza Ferreira – Professora de Educação Física
Do consultório para as ruas. A dentista Rosemary Marqueti foi indicada para ser uma das condutoras por ser uma das integrantes do projeto Dentistas do Bem, uma ONG que atende adolescentes de 11 a 17 anos sem condições de pagar um tratamento.
“Quando recebi a confirmação não consegui acreditar. Ficava me perguntando, será que estou mesmo estre os 12 mil brasileiros escolhidos? Me sinto privilegiada, e essa conquista não é minha, é do projeto. Precisamos sair da nossa zona de conforto e trabalhar juntos por um mundo melhor”.
Rosemary Marqueti – Dentista