Com o atacante Bruno Henrique, um dos principais jogadores do Flamengo, indiciado por manipulação de resultados, o técnico Filipe Luís foi direto em sua avaliação sobre o quanto é contra as casas de apostas em lugares de destaque no futebol.
Em coletiva de imprensa na noite de quarta-feira (16), após a goleada do Flamengo por 6 a 0 sobre o Juventude no Brasileirão, o treinador rubro-negro defendeu que, no futuro, os clubes não sejam patrocinados por essas plataformas.
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Filipe Luís compara apostas esportivas ao cigarro
Antes de fazer qualquer análise sobre o placar elástico que conquistou no Maracanã, Filipe Luís foi questionado sobre a investigação pela qual o atacante Bruno Henrique é alvo, suspeito de ter forçado cartão amarelo contra o Santos no Brasileirão de 2023 para beneficiar familiares em apostas.
Para o treinador do Flamengo, o fato de 18 de 20 clubes do Brasileirão exibirem as “bets” em seus uniformes é muito semelhante à da Fórmula 1 nos anos 1980 e 1990, quando gigantes do tabaco “pintavam” os carros da categoria.
“Todos os carros tinham patrocínios de cigarros. Eu já recebi várias propostas (de sites de apostas), mas eu sei o vício que causa em umas pessoas. É uma droga”, afirmou o técnico, projetando que esse cenário não deve continuar no futuro.
“Daqui a 20 anos vamos olhar e pensar como todos os clubes tinham patrocínio de casas de apostas. Nós não temos noção do dano. Do dano que está causando em muitas pessoas”, avaliou Filipe Luís.
Flamengo alertou os jogadores sobre apostas
O Flamengo alertou seus jogadores sobre apostas esportivas 20 dias antes de Bruno Henrique ser indiciado por, supostamente, ter forçado cartão amarelo combinado com familiares, que teriam tido retorno financeiro.
Filipe Luís reforçou essa atitude do clube e contou que a prática já é antiga na Europa: “Desde 2015, 2016, falavam sobre nossa conduta, e o Flamengo fez isso esse ano. Os jogadores estão cada vez mais instruídos.”
Falando sobre o atacante, o treinador rubro-negro pediu que seja respeitada a presunção de inocência e revelou que ele não está afetado por toda a situação.
“Está normal, absolutamente normal. A única coisa que pedimos é a presunção de inocência. Uma pessoa que tem o direito de se defender das acusações.”