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França de Deschamps revê chance de ganhar Copa 20 anos depois

Capitão na decisão contra o Brasil em 1998 comanda uma geração de jovens estrelas que ainda promete mais para o Mundial da Rússia

Foto: Lance
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Didier Deschamps, técnico da França | Foto: Lance

André Avelar, do R7, em Moscou, na Rússia

Vinte anos depois, Didier Deschamps encontrou em uma geração talentosa a chance de ser campeão do mundo outra vez. Não mais como jogador, mas agora como técnico. A França que enfrenta a Dinamarca nesta terça-feira (26), no Estádio Luzhniki, já demonstrou que tem um dos melhores times da Rússia 2018 e, nas palavras do capitão da Copa do Mundo de 1998, ainda pode render muito mais.

O elenco que Deschamps tem nas mãos é dos mais badalados do futebol mundial. Cabe a ele, reunir as melhores peças e fugir de armadilhas que uma competição de tiro curto pode provocar. Ao primeiro sinal de alerta com pendurados com cartão amarelo e jogadores desgastados, já sinalizou o time reserva na última rodada do Grupo C. Lloris, Pogba e Matuidi ficam no banco de reservas. Ainda assim, sobraram nomes como Kante, Griezmann, Giroud, Mbappe e Dembele.

“Claro que já estamos classificados, mas o objetivo é ser o primeiro do grupo. Temos que pensar a situação de cada jogador e, em uma Copa do Mundo, os jogadores com cartão amarelo têm grande impacto. Posso preservar alguns jogadores antes das oitavas de final, mas as situações são diferentes para cada jogador e cada posição”, disse o técnico, que não tinha a mesma maturidade na última Copa, tampouco em 2012 quando assumiu a equipe.

Diante de sua torcida, na França 1998, a faixa de capitão caiu nos braços de Deschamps na final. O zagueiro Blanc acabou expulso no segundo tempo da semifinal contra a Croácia e desfalcou a equipe na decisão. Foi aí que o hoje treinador tomou a atitude de dividir o troféu da Copa do Mundo com o companheiro de equipe e amigo.O zagueiro Raphael Varane tinha apenas cinco anos naquela decisão, mas se lembra com carinho do treinador erguendo a taça. Na entrevista oficial da véspera do jogo, ele disse que ainda é cedo para pensar em repetir a dose, mas reconheceu que a equipe vem apresentando um bom futebol até aqui.

O zagueiro Raphael Varane tinha apenas cinco anos naquela decisão, mas se lembra com carinho do treinador erguendo a taça. Na entrevista oficial da véspera do jogo, ele disse que ainda é cedo para pensar em repetir a dose, mas reconheceu que a equipe vem apresentando um bom futebol até aqui.

“Eles venceram a Copa do Mundo”, brincou o provável capitão da equipe na partida contra a Dinamarca. “É difícil comparar gerações, mas acredito que possamos ter uma inspiração no que eles fizeram. Se quisermos essa comparação, teremos que vencer e é para isso que estamos aqui.”

França e Dinamarca jogam a primeira colocação do Grupo C. O primeiro colocado enfrenta o segundo do Grupo D, que ainda está embolado entre Croácia, Nigéria, Islândia e Argentina.