
Lewis Hamilton iniciou neste domingo (16) sua nova etapa na Fórmula 1, ao pilotar a Ferrari no GP da Austrália. Foi a primeira vez, desde 2013, que o heptacampeão mundial não largou pela Mercedes e, mesmo que tenha terminado apenas na 10ª posição, encantou apaixonados pelo automobilismo.
Foi o caso de Galvão Bueno, que o comparou com a trajetória de Ayrton Senna na principal categoria de automobilismo.
LEIA TAMBÉM:
Fórmula 1 nomeia os 20 melhores pilotos da história com apenas um piloto brasileiro
Norris larga na frente no GP da Austrália; Hamilton sai em 8º e Bortoleto estreia em 15º
Falar palavrão vai causar suspensão e perda de pontos na Fórmula 1
Nesta segunda-feira (17), o narrador e apresentador da Band afirmou que viu “um pouco de Senna ao ver a estreia de Hamilton pela Ferrari”. Galvão foi amigo do ex-piloto, morto em 1994 após acidente no GP de Ímola, e, em uma dessas conversas, Senna contou sobre seus planos na Fórmula 1 – que envolvia uma ida à Ferrari.
“Uma vez perguntei ao Senna: ‘Me traduza o que é uma Ferrari’. (Ele respondeu) ‘É um carro, uma cor, um ronco, um sonho'”, disse o narrador, durante participação no “Jornal da Band”.
“E então por que você não vai para a Ferrari? ‘Porque eu já não ganho há dois anos, preciso ganhar primeiro na Williams, me igualar ao Fangio, com cinco título mundiais, e depois eu vou para a Ferrari'”, concluiu Galvão.
Senna terminou a carreira com três títulos mundiais, todos conquistados durante sua passagem pela McLaren – o último em 1991. O brasileiro chegou à Williams em 1994, mas pouco conseguiu mostrar pela equipe antes de sua trágica morte, em maio daquele ano, na Itália.
“É o que o Hamilton está fazendo. Ganhou tudo que tinha de ganhar e realizou o sonho de ir para a Ferrari. Quando vejo Hamilton na Ferrari, vejo um pouco de Ayrton Senna”, afirmou Galvão Bueno.
De fato, o piloto brasileiro sondou a escuderia, sobre uma ida na reta final de sua carreira. Em 2020, Luca di Montezemolo, ex-presidente da Ferrari, afirmou que seu maior arrependimento foi não ter levado o piloto à equipe.
“Ele veio à minha casa em Bolonha antes do acidente de Ímola e me disse que queria dirigir para a gente a todo custo e se libertar da Williams. Nós concordamos em falar depois de Ímola. Ele queria vir para nossa equipe e eu ficaria feliz em tê-lo”, disse Montezemolo, à Sky Sport, em 2020.
Hamilton selou sua vinda à Ferrari em 2024, ainda no início de sua última temporada pela Mercedes. Aos 40 anos, ainda não pensa em sua aposentadoria das pistas, como afirmou em entrevista recente à revista Time.
Após sua primeira corrida pela escuderia, mostrou frustração e que ainda serão necessários ajustes até reassumir a forma à qual estava habituado na Mercedes.
Hamilton volta à pista já neste domingo (23) pelo GP da China. A expectativa é melhorar o desempenho em relação à Austrália e ao seu companheiro de equipe Charles Leclerc, que terminou na oitava colocação na última etapa da Fórmula 1.