A Associação de Futebol de Gana anunciou nesta sexta-feira a demissão dos treinadores de todas as seleções nacionais, em uma ação considerada surpreendente. No total, nove técnicos deixaram seus cargos. A decisão de começar do zero com as comissões das seleções ocorre logo após a associação anunciar a nomeação de um novo secretário-geral.
Em nota oficial, a Associação de Futebol de Gana disse que dissolveu “as comissões técnicas de todas as equipes nacionais imediatamente” e estendeu seus agradecimentos “a todos os treinadores e membros das respectivas seleções nacionais por suas contribuições”.
A medida significa que Kwesi Appiah foi demitido pela segunda vez do comando da seleção masculina, pagando pelo desempenho decepcionante de Gana na Copa das Nações Africanas no ano passado no Egito, quando a equipe foi eliminada nas oitavas de final. Appiah dirigiu Gana de 2012 a 2014. Ele foi substituído por Avram Grant, mas foi contratado novamente em 2017.
Gana foi quatro vezes campeã africana, mas conquistou o título pela última vez em 1982. Desde então, perdeu três finais da Copa Africana de Nações, duas delas nos pênaltis. Na Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, se tornou o terceiro país do continente a chegar às quartas de final, tendo perdido para o Uruguai novamente nos pênaltis.
Mas houve problemas na associação ganense nos últimos anos, sendo dissolvida pelo presidente do país em 2018, após acusações de corrupção. Em meio ao escândalo, o presidente da associação, Kwesi Nyantakyi, foi banido pela Fifa por aceitar subornos. O dirigente, que foi membro do Conselho da Fifa e vice-presidente da Confederação Africana, foi gravado aceitando o pagamento de US$ 65 mil (aproximadamente R$ 263 mil) por repórteres disfarçados, que se passavam por empresários.