Na manhã desta terça-feira (22), o meia Gerson esteve na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para prestar depoimento contra o jogador Índio Ramírez, do Bahia, sobre a acusação de injúria racial que teria acontecido no jogo contra o Flamengo, no domingo (20), no Maracanã.
O atleta chegou acompanhado de seu pai, do advogado Rômulo Holanda, e do vice-presidente jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee. Após falar com as autoridades, Gerson e o drigente do clube, fizeram um pronunciamento publicado nas redes sociais flamenguistas.
“Vim falar sobre o ocorrido, mas não vim falar apenas sobre mim. Falo pela minha filha, que é negra. Pelos meus sobrinhos, que são negros. Meu pai, minha mãe, amigos. Por todos os negros. Hoje tenho status de jogador de futebol e voz ativa para falar e dar força a quem sofre racismo ou outros tipos de preconceito”, afirmou Gerson no vídeo.
De acordo com o jogador, o colombiano teria dito a ele “Cala a boca, negro”, no momento do reinício do jogo após o primeiro gol do Bahia. A partida terminou 3 a 2 para o Rubro-Negro.
Em vídeo divulgado pelo Bahia, Ramírez se defendeu. “Em nenhum momento fui racista. Quando fizemos o segundo gol, tentei colocar a bola no meio para reiniciar o jogo rapidamente e pedi para o time jogar sério. O Gerson me disse algo, mas eu não entendi, pois não compreendo muito bem o português. Eu só pedi ‘joga rápido, irmão’. Depois eu peguei a bola e fui para o meio. Ele veio atrás de mim e ficou dizendo que eu disse ‘cala a boca, negro’, em português, sendo que eu nem falo português. Apenas tenho um mês no Brasil”, se justificou.
A partir de agora, o fato será investigado pela polícia do Rio de Janeiro. Confira
*Com informações R7