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HAJA CORAÇÃO. Final de campeonato de futebol mexe com o coração dos torcedores

HAJA CORAÇÃO. Final de campeonato de futebol mexe com o coração dos torcedores

Assistir a jogos importantes, principalmente uma final de campeonato mexe com o coração dos amantes de futebol, como todo torcedor sabe. Vários estudos já mostraram que partidas decisivas podem elevar a ocorrência de ataques cardíacos. Porém, se o time “do coração” vencer, o efeito pode ser exatamente o oposto: a chance de sofrer um problema diminui.

A adrenalina aumenta os batimentos do coração e favorece a constrição dos vasos, elevando a pressão arterial. É por isso que fortes emoções, como a do futebol, elevam o risco de arritmia (instabilidade nos batimentos cardíacos) e morte súbita (o coração para de bater devido a algum bloqueio na artéria). A emoção de um gol num jogo decisivo gera tantos problemas cardíacos nos torcedores, que a Sociedade Brasileira de Cardiologia decidiu fazer uma pesquisa sobre a influência de um jogo dramático de futebol sobre a saúde dos espectadores brasileiros, na Copa do Mundo de 2018. A iniciativa surgiu porque, apesar de relatos, ainda não havia registros confiáveis das causas de eventos cardíacos registrados nesse tipo de ocasião. Quatro hospitais foram selecionados, em São Paulo, e o total de eventos cardíacos do mês de junho e sua gravidade foram correlacionados com crises de arritmias, angina, infartos e derrames durante os jogos na África do Sul.

“Todo momento de estresse intenso, mesmo positivo, pode aumentar os riscos de eventos cardíacos. Por outro lado, emoções positivas têm efeito protetor sobre o coração”. Ou seja: a decisão pode até colocar o coração do torcedor em risco, mas, após a vitória, os benefícios superam os malefícios porque química do bem-estar age como protetor cardíaco.

Para evitar que o coração fique vulnerável em situações de emoção intensa, como em finais de campeonato, os conselhos são bem conhecidos: praticar atividade física regular, fazer check-ups com frequência, cuidar da dieta, não abusar da bebida alcoólica. Mas, claro, não adianta começar a se cuidar quinze dias antes dos jogos.

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