Palco do Pan-Americano de Canoa Havaiana deste ano, o Espírito Santo deu uma amostra da sua força na modalidade no Campeonato Brasileiro de Sprint, encerrado no dia 8 de outubro, em Brasília (DF). Além de pódios, as equipes do Estado foram à capital federal em busca da classificação para o Campeonato Mundial do Havaí em 2024. E conseguiram!
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De Vitória, a equipe Espírito Va’a fez bonito no Brasileiro. O time master, com todos os integrantes acima dos 40 anos de idade, foi para a final nas duas categorias existentes: 500m e 1.000m.
Nos 500m, conseguiu a medalha de bronze, e nos 1.000m ficou em quarto lugar, numa prova emocionante, que foi definida somente por “foto check”. A diferença do terceiro colocado foi de 0,02 segundos (2 centésimos de segundo).
Além da medalha de bronze, o time conquistou vaga nas duas categorias para o Mundial do Havaí.
“A equipe é formada por remadores de canoa individual. Então, quando fomos pra equipe de seis, tivemos um pouco de dificuldade pra encaixar a técnica. A união da equipe e a dedicação aos treinos foi muito importante pra gente fazer essa transição”, contou Rafael Bonicen, que formou a equipe em Brasília junto com Ulisses, Rafael Teixeira, Fabrício Rodrigues, João Paulo Castiglioni, Constanteen Helal, Alexandre Braga e Gabriel Guerrieri, tendo como apoio o treinador Thiago Barros nos treinos.
O time despertou interesse dentro d’água também pelo uniforme, elaborada pelo artista plástico do time, Rafael Teixeira. E virou “Os Açaís”.
“O nome do time e o uniforme têm a intenção de representar o Espírito Santo através do nome, da padronagem indígena, da cor. É o ‘açaí’ da palmeira jurema, muito encontrada aqui no Espírito Santo”, explica Teixeira.
Campeões estaduais carimbam o passaporte
Atuais campeões estaduais na categoria V6 Open, a Vila Va’a, de Vila Velha, viajou a Brasília pensando em pódio. A medalha não veio, mas a classificação para o Mundial compensou o esforço de competir num calor fora do normal para os capixabas.
“Não veio o pódio, mas a classificação, sim. Por muito pouco não ficamos fora. Como de costume, Brasília estava muito quente e seca. Fizemos uma final com um nível bem alto, onde a diferença do campeão da prova para o último colocado foi muito pequena. Foi uma prova muito dura e ficamos com a última vaga, com a diferença de 2 milésimos para a equipe eliminada e a alguns segundos dos campeões”, conta o capitão da equipe, Clailton Silva Júnior.
Em Brasília, a Vila Va’a conquistou a classificação na prova dos 500m. A equipe teve, além de Clailton, Daniel Tibau Almeida, Luciano Beite, Rafael Gusmão, Luciano Gualtieri e Alef Alves. Agora é comemorar e sonhar com o Mundial no Havaí.
“É um sonho, exatamente! Um lugar lindo, cheio de cultura e ancestralidade. Um berço do esporte”, comemora Clailton.