A história de Flávio Tênius no Botafogo vai muito além da sua própria vida. Começou lá atrás, ainda com o DNA alvinegro de seu avô, botafoguense, que sempre levou os netos ao Maracanã. Depois sua mãe e também sua esposa, ex-atleta campeã pelo Fogão. Como jogador, no Sub-20, Tênius defendeu o Fogão também e retornou como preparador de goleiros. Em sua segunda passagem, o profissional falou sobre sua relação com o Glorioso, o trabalho com Jefferson, a química com Gatito e a admiração por Cavalieri.
“Minha mãe sempre morou em Botafogo, passei quase a vida inteira alí. Todos eram botafoguenses. O Botafogo sempre foi forte na minha criação. Comecei a jogar no juvenil do Bonsucesso e depois por três anos no Botafogo. Estou trabalhando no lugar certo, me sinto muito bem desde que cheguei aqui. É o que todo mundo quer, trabalhar em um lugar que você se sente bem”, disse Tênius.
Confira os demais trechos da entrevista coletiva de Flávio Tênius:
20 vezes Tênius em Brasileiros
“Esse é o meu vigésimo campeonato na Série A e me sinto super motivado. Tive a oportunidade de trabalhar em grandes clubes. Claro que estou no futebol por muitos anos, são vinte e seis anos entre campo e treinador de goleiros. Não vou ficar a vida toda como treinador de goleiros e quero continuar. O futebol sempre foi a minha vida e acho que tudo isso, a minha fase como jogador e comissão técnica pode ajudar num terceiro momento. Tenho me preparado para isso e quando eu sentir que deu vou trilhar outro caminho. A minha mudança de jogador para preparador não foi muito programada, mas agora estou me preparando, quem sabe para uma parte de gestão. O futebol tem muitas áreas e espero poder contribuir”.
Relação com Diego Cavalieri
“Realmente foi uma surpresa o nome dele. Estávamos com necessidade de mais um goleiro e quando surgiu o nome do Cavalieri na mesma hora eu dei o meu ok, assim como toda comissão técnica. Estou tendo essa oportunidade especial. O título brasileiro do Fluminense em 2012 ele foi quase que o responsável. Realmente vi poucos goleiros fazer aquilo com tanta regularidade. Depois disso eu passei a reparar mais nele. Ele não é muito de holofote. Foi passado para ele que viria para ser o segundo e na mesma hora veio, não se importou com isso e aproveitou a oportunidade que o Botafogo está dando a ele. É incrível como se mantém motivado e como quer trabalhar mais a cada dia. Pude confirmar o que todas as pessoas falavam dele. Tem ajudado com sua experiência fora do campo, temos muitos jovens e um jogador com essa experiência ajuda. Tem sido de grande importância para o Botafogo”.
Desejo de no futuro seguir no futebol como gestor
“Tenho essa vontade e venho me preparando por isso. Ele se meteu naquele negócio de cafeteria, mas até hoje não vi uma latinha daquela. Ele é duro, viu. É interessante também que ele tenha uma preparação para assumir qualquer cargo. Quem sabe. Ele tem uma forte ligação com o clube e seria legal”.
Gatito
“Tenho falado com ele quase que diariamente. Essa relação do preparador com o goleiro é diferente, muito próxima e trascende um pouco o lado profissional. Fico mais tempo com os goleiros do que com meus filhos. Tenho acompanhado sempre, temos trocado ideia. É aquela coisa…Sou brasileiro, vou torcer para o Brasil e é importante para a nossa seleção ganhar títulos e voltar a ser protagonista. Mas torço para que ele faça uma grande partida e que dê seu melhor”.
Fruto da qualidade e trabalho
“A qualidade do jogador em primeiro lugar e o que vem depois disso ajuda. Sempre tivemos grandes goleiros e com o trabalho e profissionalismo deles temos tido grandes resultados nessa posição”.
Noite especial de homenagens distintas
“A homenagem à minha esposa já estava marcada e, dois dias antes, Jefferson me ligou dizendo que seria homenageado e fazia questão que eu estivesse lá para entregar o título. Foi muito legal, lados familiar e profissional juntos. Minha esposa começou cedo no Botafogo e ganhou tudo que disputou. Depois jogou na Itália, seleção brasileira, foi campeã internacional, uma carreira muito legal. Conheci Jefferson no Cruzeiro, onde teve a oportunidade de jogar pelo profissional com 17 anos. O reencontrei dez anos depois, teve a chance de ser convocado para a Seleção e fez uma história linda pelo Botafogo. Foi uma noite muito bacana. Acompanhei minha esposa e fui padrinho do Jefferson”.
* Com informações do site oficial do Botafogo