Parte das perguntas feitas a Jô durante a entrevista coletiva, desta quinta-feira, 25, que marcou sua chegada ao Corinthians, dizem respeito a pandemia da covid-19. O atleta revelou que os números de jogadores infectados no clube assustam, embora tenha afirmado estar tranquilo, pois acredita nos protocolos que estão sendo seguidos pela equipe alvinegra.
“Isso é muito complicado. Claro que os números assustam, mas acredito que cada um que contraiu a covid-19 não quis pegá-la. Aconteceu em algum descuido. Todos estão com a mesma consciência de poder se preservar, de poder preservar os mais velhos e a própria família. Os números foram esses que foram divulgados, mas nós temos a consciência de que teremos que seguir os protocolos. Venho tranquilo. Sei que o Corinthians oferece uma estrutura muito boa e está seguindo o protocolo muito bem. Sempre oriento meus familiares. Graças a Deus, minha família não teve nenhum caso, mas não podemos nos acomodar e achar que agora está tudo certo”, explicou o atleta.
Jô concorda com a volta gradual dos treinos em São Paulo, mas alerta que os jogadores não devem ser egoístas, já que a pandemia transcende suas vontades. De acordo com o atacante, é preciso proteger a todos.
“A gente sempre quer (voltar a jogar). Nós, jogadores, sempre queremos fazer aquilo que gostamos de fazer, mas não podemos pensar só na gente. Isso não afetou só o futebol, afetou o mundo e várias outras áreas. Nós não podemos ser egoístas e falar: Vamos voltar, mesmo com os protocolos. Temos que respeitar as etapas e continuar se cuidando. A vontade é muito grande de voltar a jogar e dar alegria para torcedor, mas existem regras e etapas. Sou a favor das coisas voltarem aos poucos. Temos familiares e amigos e temos que proteger a todos”, disse Jô.
Em relação a adaptação ao “novo normal” nos Centros de Treinamento, Jô revela que será uma etapa complicada, mas necessária. “Confesso que é difícil. É complicado. Temos nos adaptar a uma série de protocolos e temos que ter a disciplina de segui-los. Sabemos que não é só para o bem estar das pessoas que estão trabalhando aqui dentro, mas também para o bem estar de quem está fora do clube. Temos nossas famílias e amigos. É preciso seguir o protocolo direitinho, mas é difícil. Passei dois anos fora, tenho vontade de dar um abraço apertado nas pessoas, mas temos que respeitar. É tudo questão de adaptação”, afirmou o jogador corintiano.
Questionado se a pandemia teria adiantado seu retorno ao Brasil, o atacante revelou que não poderia segurar uma oferta do Corinthians em meio a um cenário de indefinição. Segundo Jô, o coração bateu mais forte.
“O mundo todo ficou em indefinição, né? Quando eu realmente me desliguei do Nagoya houve muitas especulações e o Corinthians é um clube que realmente mostrou o desejo e oficializou tudo. Então, em meio a essa indefinição, eu não poderia ficar esperando. Tenho um ótimo contrato aqui no clube e tenho um carinho muito grande pelo Corinthians. Minha família é bem estruturada aqui dentro de São Paulo. Então, não da para ficar pensando muito quando você tem um Corinthians em suas mãos. Tive uma decisão muito tranquila. O coração bateu mais forte”, explicou.