Os jogadores do Palmeiras reconheceram que será difícil reverter o placar de 2 a 0 obtido pelo Boca Juniors, na noite de quarta-feira (24), no jogo de ida da Libertadores.
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O jogo de volta será na próxima quarta-feira, dia 31 de outubro, no Allianz Parque. O estádio estará lotado – 33 mil ingressos foram vendidos. “É difícil reverter, mas acho que temos condições. Tomamos dois gols de desatenção, mas acredito que a gente possa reverter”, disse o atacante Dudu.
O defensor Gustavo Gómez, novidade paraguaia da zaga que foi bem em praticamente todos os desarmes, resumiu o sentimento do elenco. “É difícil, mas não impossível. Estávamos fazendo uma grande partida, mas cometemos dois equívocos”, disse o defensor.
O time de Felipão perdeu a invencibilidade fora de casa na Libertadores depois de vencer cinco jogos como visitante. A campanha do Palmeiras até aqui seguia um padrão: o time vencia fora de casa para administrar como mandante. Foram cinco vitórias até esta quarta, superando Cerro Porteño e Colo-Colo nas fases mata-mata.
Agora, no jogo de volta da semifinal, o Palmeiras terá de fazer algo incomum: correr atrás do placar em casa. “Nós estávamos controlando o jogo, mas levamos um gol de bola parada. No segundo gol, o mérito foi todo do atacante deles. Não tem nada perdido. Temos condições de reverter”, disse o meia Moisés.
O Boca Juniors foi melhor’, admite Felipão
O técnico Luiz Felipe Scolari reconheceu a superioridade do Boca Juniors no primeiro jogo da semifinal da Libertadores, ao construir a vitória por 2 a 0 nesta quarta-feira, em casa.
“Faltou ao nosso time um controle de bola com mais tranquilidade. Tivemos uma pressão muito grande, mas não deu em nada. Nós administramos bem. No segundo tempo, o Boca foi mais objetivo. Colocou ponta com velocidade pelo lado, começou a nos pressionar que tomamos o primeiro gol. O segundo gol foi pela qualidade do atacante. Hoje, o Boca foi melhor”, reconheceu o técnico Luiz Felipe Scolari. “Não teve apagão. O Boca jogou melhor. Do outro lado, tem jogadores de qualidade”, afirmou o treinador em entrevista coletiva no estádio La Bombonera.
Ao longo do jogo na Argentina, o time de Felipão fez o simples: rebateu quantas bolas pôde para longe. Sem medo do chutão. Quando a tinha, tocava de lado. Postura ideal para não levar sufoco na casa do Boca. Faltou segurar a bola parada no segundo tempo. O time tentou levar o jogo em água morna para decidir em casa. Conseguiu fazer isso até os 37 do segundo tempo. Depois do primeiro gol, o Boca tomou conta do jogo.
Agora, o Palmeiras terá de vencer por três gols de diferença no Allianz Parque para chegar à final. Se vencer por 2 a 0, leva à decisão para os pênaltis. O duelo de volta será quarta-feira que vem, num Allianz Parque lotado – 33 mil ingressos já foram vendidos. “Vamos encerrar esse assunto hoje. Temos um jogo que vale a possibilidade de brigar lá na frente pelo Brasileiro no sábado. Temos lesões e cartões”, disse o treinador.
Felipão também avaliou que a maratona de jogos prejudica o desempenho do time. “Assim como nós não criamos, como não tivemos a mesma atuação que normalmente. Vamos tentar fazer para o segundo jogo. Estamos jogando nove jogos por mês, três meses seguidos. Em algum dia, vamos ter uma dificuldade maior. A dificuldade maior foi hoje pela qualidade do Boca. Não dá para lamentar. Chegamos até aqui e vamos brigar pelo título brasileiro e pela reviravolta pelo jogo em casa.”
E Felipão já deixou claro que pensará em algo diferente para que o time possa reagir e chegar à decisão. “Precisamos trabalhar melhor a bola e ter a situação de condição física igual ao do Boca. Com um sistema diferente de jogo, vamos ver se a gente consegue. Nós já estamos perdendo. Temos de fazer algo diferente”, disse o treinador.