Foram mais de 150km de estrada, em um percurso de Castelo, no sul do Espírito Santo, a Vitória, capital. Em situações normais, pouco mais de duas horas e meia de viagem. O problema é que um grave acidente na BR que liga os dois municípios atrasou a chegada dos atletas que representam o colégio Expoente nos Jogos Estudantis 2018. Entre o desembarque dos atletas da equipe masculina de handebol sub-16, no ginásio do SESI de Jardim da Penha, e o início da partida de estreia, não houve tempo para descanso, apenas minutos para o aquecimento. Apesar dos transtornos, a equipe se superou e venceu o SESI de Maruípe por 18 a 13.
O resultado agradou o treinador da equipe, Mardem Minto. “Esse é o resultado de muito trabalho, preparação, doação e comprometimento dos nossos atletas. Apesar do cansaço da viagem, chegamos um pouco atrasado por causa de um acidente na estrada, os meninos se comportaram bem”, pontuou.
O colégio Expoente disputou, no total, disputou quatro jogos nesta quarta-feira. O retrospectivo foi positivo: foram três vitórias da equipe castelense e apenas uma derrota. Na categoria masculina sub-16, foram duas vitórias, colocando o time na liderança da chave, com seis pontos. Já na categoria masculina sub-13, foram uma vitória e uma derrota. O retrospecto deixa o colégio líder da chave, com quatro pontos.
Mardem fez questão de ressaltar a importância dos Jogos Estudantis. “A ideia dos Jogos Estudantis é ótima, o Estado precisa desse tipo de organização. São competições como essa que nos fazem criar motivação nos alunos. Não adianta só treinar, é preciso ter torneios com essa estrutura para que os alunos ganhem experiência, possam evoluir. Fazemos um esforço para estar aqui, seja com rifa, com pedidos de patrocínio. O importante é representar a nossa cidade”, disse.
Um dos destaques da equipe sub-16 do Expoente, Haryson Knaak, de 16 anos, vibrou com os resultados. “É um dia maravilhoso. Mesmo com uma viagem longa, o cansaço, conseguimos fazer dois bons jogos. Foi sofrido para chegar, mas o que vale é a competição, o amor ao esporte, o espírito esportivo de competir”, disse Knaak.
Goleiro sim, senhor!
Arremessos que podem chegar a quase 130km/h, muitos deles disparados a uma distância menor que seis metros. Se vida de goleiro não é fácil, no handebol a moleza é menor ainda. O titular da equipe sub-16 do Expoente, Bernardo Zanetti, de 16 anos, revela como iniciou na posição.
“No início, eu odiava jogar no gol. Mas o time em 2016 tinha uma carência na posição, então o Mardem [treinador] pediu para eu ir agarrar para suprir a necessidade. Eu fui, passei a ir em todos os jogos. Passei a gostar e agora sou titular. Sobrou pra mim…”, disse Zanetti.
Apesar das duas vitórias nos dois primeiros jogos, Bernardo prega respeito aos adversários. “Temos grandes talentos em nossa equipe, estamos confiantes de que podemos chegar até a final. Mas precisamos seguir com o foco, jogo a jogo”, disse.