O Caso Daniel, crime que chocou o Brasil em outubro de 2018, começa nesta segunda-feira (01), a segunda fase de audiência do processo que investiga o assassinato do ex-jogador do São Paulo, na época emprestado ao São Bento, de Sorocaba.
Nesta fase haverá o depoimento das testemunhas de defesa. Por conta disso, deve ser a primeira vez que a família Brittes irá responder questões da Justiça. Edison Brittes Júnior, conhecido como Juninho Riqueza, que confessou ter matado Daniel, fará um dos depoimentos.
Além dele, são acusados no crime sua esposa, Cristiana Brittes, e sua filha, Allana Brittes. Também respondem pelo crime Ygor King, Eduardo Henrique da Silva e David Willian da Silva.
As audiências devem se estender pelo menos até a próxima sexta-feira (05) por conta do grande número de depoentes.
Após essa fase de depoimentos, a juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba-PR) irá decidir se os réus vão a júri popular.
Juninho Riqueza alegou ter cometido o crime para defender a mulher, que teria sido vítima de tentativa de estupro. Segundo a investigação policial, tal fato nunca ocorreu.
Após espancar o jogador, que estava com nível alcoólico bastante elevado, o empresário levou Daniel até um matagal, onde tentou degolá-lo e decepou o pênis. Segundo denúncia do Ministério Público do Paraná, Brittes Júnior teria sido auxiliado por Ygor, David e Eduardo durante o espancamento. Os quatro foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima) ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de menor.
Edison, acompanhado de Cristiana e Allana, tentaram coagir testemunhas ao combinar uma versão para o desaparecimento de Daniel em um encontro marcado em um shopping no dia seguinte ao crime.